Brasil cai para Sérvia e disputa bronze com EUA na Liga Mundial

Brasil fez história nas semifinais / Foto: Satiro Sodré / SSPress

Rio de Janeiro - Nunca um Brasil e Sérvia no polo aquático masculino foi tão equilibrado. Jogando bem, sem medo de enfrentar uma equipe tão tradicional e partindo pra cima, a Seleção Brasileira foi derrotada pela forte Sérvia (currículo sérvio mais abaixo) por 13 a 9, num jogo parelho, neste sábado (27/6), pela Super Final da Liga Mundial em Bérgamo, na Itália.
 
No encerramento da competição – domingo, 28/6 - os brasileiros disputam a medalha de bronze, às 13h40 (hora de Brasília), contra os EUA, liderados pelo 'carioca' Tony Azevedo, e que perderam para a Croácia por 11 a 6. Sérvios e croatas disputam o ouro e uma vaga direta para os Jogos Rio-2016. O campeonato tem transmissão ao vivo da TV FINA.
 
Na disputa do bronze, o Brasil também luta por um prêmio de 50 mil dólares estabelecido pela FINA para o terceiro colocado. O quarto ganha US$ 35 mil. O campeão leva US$ 100 mil e o vice, US$ 70 mil. As demais colocações da Super Final, do 5º ao 8º colocado ganham, pela ordem, 30, 25, 20 e 15 mil dólares.
 
Nosso adversário no confronto pelo 3º lugar também tem história no esporte. Os Estados Unidos têm uma medalha de ouro, três de prata e três de bronze em Olimpíadas. A mais recente, a prata em Pequim/2008 numa final contra a Hungria (14 a 10). Já em Mundiais nunca subiram ao pódio. Suas melhores colocações foram o 4º lugar em 1986 e em 1991, além da 5ª colocação em 1973. Nas últimas edições, os americanos ficaram em 9º em Barcelona/2013 e em 6º em Xangai/2011. Na Liga Mundial, os americanos já conquistaram uma medalha de prata e outra de bronze (histórico da Liga no fim).
 
Ao chegar na semifinal, o Brasil conquistou mais do que a meta estabelecida para a Liga Mundial, ser um Top-6. Ao ser semifinalista, o time entra com mais moral para tentar o ouro dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, maior objetivo de 2015, a partir do dia 7 de julho, repetindo o feito único da edição de 1963, em São Paulo. Brasileiros e americanos estão em chaves diferentes em Toronto e só podem se encontrar na semifinal ou disputa de bronze ou ouro. Na história do Pan, os EUA só não levaram o ouro nas edições de 51, 63, 75 e 91, quando o vencedor foram os anfitriões Argentina, Brasil, México e Cuba, respectivamente.
 
No jogo deste sábado (28/6), as parciais foram de BRA 3 x 4 SRB / 1 x 1 / 5 x 2 / 3 x 3. Os artilheiros brasileiros na partida foram Guilherme Gomes (2), Felipe Perrone (2), Bernardo Gomes, Jonas Crivella, Adrian Delgado, Felipe Silva e Gustavo Grummy. Com um desempenho sólido e muita raça, os brasileiros só foram superados na segunda metade da partida. Em alguns lances duvidosos, a arbitragem (um húngaro e um australiano) optou sempre pelos sérvios, o que irritou os brasileiros. A partir do terceiro período, com ataque equilibrado e uma defesa sólida, a Sérvia sobressaiu, dificultando muito as ações da equipe brasileira, e acabou por abrir cinco gols de frente: 11 a 6. No quarto final, jogadas bem ensaiadas resultaram em mais três gols brasileiros, que infelizmente não foi o bastante para nos levar a decisão, mas foi o suficiente para ter orgulho deste time.
 
Nosso adversário de hoje (sáb), a Sérvia, conquistou bronze nos dois últimos Jogos Olímpicos: Londres/2012 e Pequim/2008. De Barcelona/1992 pra cá, já com o fim da antiga Iugoslávia, os sérvios conquistaram um total de quatro medalhas em Olimpíadas (1 prata e 3 bronzes), primeiro como Sérvia & Montenegro, depois como país separado. Levando-se em conta as medalhas do tempo da antiga Iugoslávia, o número sobe para 11 medalhas olímpicas (3-5-3). Em Ligas Mundiais, a Sérvia é a maior vencedora com oito títulos (os dois primeiros como Sérvia & Montenegro), e ainda uma prata como Sérvia & Montenegro, e mais um bronze, já como Sérvia.
 
E como o mundo gira, enquanto o Brasil pulou da 7ª posição da temporada passada para a disputa por um lugar no pódio este ano, a Austrália, semifinalista de 2014, vai disputar a 5ª colocação contra a atual vice-campeã, a Hungria. Já a anfitriã Itália terá que se contentar em lutar para não ficar na última posição em casa, no encontro com os chineses.
 
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