COB encerra preparação dos Chefes de Equipe para Toronto 2015

Curso organizado pelo COB terá sequência após Toronto, visando aos Jogos Rio 2016 / Foto: Heitor Vilela / COB

Rio de Janeiro - O Comitê Olímpico do Brasil (COB) encerrou nesta quarta-feira, dia 3, o terceiro módulo do Curso de Capacitação de Chefes de Equipe (CCCE), qualificando os gestores das Confederações Brasileiras Olímpicas para atuarem nos Jogos Pan-americanos Toronto 2015, que acontecem entre 10 e 26 de julho. O terceiro módulo do CCCE, realizado na Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, reuniu grande parte dos 51 profissionais escolhidos para integrarem o Time Brasil no Canadá e discutiu todos os detalhes da operação e logística da missão brasileira de Toronto 2015. O curso é uma iniciativa inédita do Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), área de Educação do COB, e da Diretoria Executiva de Esportes da entidade.
 
“Os Chefes de Equipe são os nossos canais de comunicação com os atletas. Em uma missão grande como a de Jogos Pan-americanos, começamos a falar com eles com dois anos de antecedência. Passamos tudo o que está sendo planejado, como será toda a operação, principais riscos, procedimentos de viagem, de credenciamento, de inscrição esportiva, entre outras coisas. Com prazo, é possível fazer todos os ajustes necessários”, afirmou Gustavo Harada, gerente-geral de Jogos e Operações Internacionais do COB. “Esse fórum é muito importante para o COB. O melhor planejamento resulta na melhor operação. Estamos bem satisfeitos com os resultados dessa iniciativa. O trabalho com os chefes de equipe tem sido bom e a gente chega bem confiante aos Jogos Pan-americanos”, completou Harada.
 
Estreante na função em Jogos Pan-americanos, Maria Magnolia Figueiredo, que participou como atleta dos Jogos Olímpicos Seul 88 e Atlanta 96, será a chefe de equipe do atletismo em Toronto. Ela elogiou a preocupação do COB em transferir conhecimentos para que os chefes de equipe cheguem preparados diante de qualquer desafio que surja nas grandes competições que estão por vir. “É uma função extremamente importante, de muita responsabilidade e será uma honra assumi-la no Pan. Acho que posso contribuir por toda experiência que trago da carreira de atleta. Já venho trabalhando com a confederação e me capacitando para assumir este cargo. Para mim, este curso está sendo muito enriquecedor para estabelecer um dialogo não só com o COB, mas também com os participantes de outras modalidades”, afirmou Maria Magnolia, que após encerrar a carreira de atleta foi secretária de esportes do Rio Grande do Norte.
 
Já para Rita Orsi, que comandará a equipe de handebol feminino pela segunda vez, a função não é novidade, mas a oportunidade de participar do CCCE aumentou muito sua confiança. “Vejo este curso como uma ferramenta de construção. Por mais que se tenha experiência, leva-se algum detalhe diferente, uma informação a mais. Com isso, acabamos nos preparando melhor em todos os assuntos. Além das tarefas para construir a ida da delegação, a formação da equipe, acabamos recebendo do CCCE informações que levaremos para o resto da vida. O profissionalismo está cada vez maior, então precisamos buscar toda a excelência que o esporte de alto rendimento precisa”, destacou Rita Orsi, chefe da equipe também na inédita conquista do título mundial do Brasil, em 2013.
 
Após Toronto 2015, as atenções se voltam para os Jogos Olímpicos Rio 2016, quando os gestores das Confederações Brasileiras Olímpicas terão a responsabilidade de chefiar suas equipes nos primeiros Jogos realizados na América do Sul. A ideia do COB é que os chefes de equipe de Toronto se repitam para o Rio 2016. Para isso, estão programados outros cinco encontros presenciais até novembro de 2016, quando se encerram as atividades do CCCE.
 
“Toronto é uma missão importante para o COB, mas nosso principal foco nesse ciclo olímpico são os Jogos Olímpicos Rio 2016. O Pan será também um grande teste para 2016. Vamos usá-lo para ver a performance dos atletas em um ambiente bem competitivo, onde conseguimos tirar informações importantes de como estão os nossos atletas, e testar pessoas, procedimentos e estratégias para aperfeiçoar para os Jogos Olímpicos Rio 2016”, explicou Gustavo Harada. 
 
As metas do COB para Toronto são classificar mais atletas do que em Guadalajara 2011; ficar entre os três primeiros no quadro de medalhas e evoluir na preparação da delegação para os Jogos Rio 2016. Uma delas já foi alcançada. Com uma delegação de cerca de 600 atletas, este será o maior contingente enviado para um evento esportivo fora do país. A maior delegação brasileira em todas as edições de Jogos Pan-americanos participou do Rio 2007, com 660 atletas. Em Guadalajara 2011 foram 515. Atualmente o país já conta com 588 vagas garantidas na competição continental.
 
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