Brasileira com vaga olímpica fez vaquinha para bancar treinos

Ginasta também posa de modelo nas redes sociais / Foto: Reprodução / Instagram

Rio de Janeiro – A representante do Brasil na ginástica rítmica Natália Gaudio precisou vencer outros obstáculos além da disputa interna que lhe garantiu a classificação para as Olimpíadas Rio 2016. A ginasta conta que precisou da ajuda financeira da família, amigos e até de desconhecidos, fazendo uma vaquinha para bancar seus treinamentos. 
 
Um dos objetivos da capixaba de 22 anos era arrecadar dinheiro ao longo do ano para que ela pudesse se preparar adequadamente para o Mundial de Stuttgart, na Alemanha, onde ela conquistou a vaga olímpica em cima da compatriota Angélica Kvieczynski. 
 
Sem patrocinador máster e com a verba modesta do Comitê Olímpico do Brasil (COB), através do programa Bolsa-Atleta (R$ 3.100,00), Natália comandou uma vaquinha, necessária para pagar sua aclimatação de duas semanas na Bélgica, prevista em R$ 15 mil. A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) pagou a passagem aérea e a ginasta viajou ao lado da técnica, Monika Queiroz.
 
"Elaborei um projeto juto com a minha técnica com todos os gastos que teria de hospedagem, alimentação e diárias para o uso do ginásio. Pegamos este projeto e enviamos a amigos, familiares, amigos de amigos e alguns empresários. Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que quis ajudar. A Confederação tentou ajudar como podia, mas sabemos que o momento no Brasil, com a crise econômica, é muito complicado. Mas depois desta classificação vejo que todo o esforço valeu a pena", relatou ao UOL. 
 
Mesmo tendo se confirmado como a melhor brasileira no Mundial e garantido a vaga olímpica, Natália precisa batalhar muito para ter um resultado expressivo nas Olimpíadas. Em Stuttgart ela terminou apenas na 51ª colocação. 
 
"Terei muito trabalho pela frente. Vou montar um projeto para fazer mais intercâmbios e passar muito mais tempo treinando fora, na Bulgária ou no Azerbaijão (duas referências na modalidade). Talvez precise aumentar um pouco a carga de treinos. E claro, montar uma nova coreografia. Em 2016, quero deixar o Brasil orgulhoso da ginástica rítmica, ajudar a criar um legado", concluiu.
 
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