Rio Open levará para a IMG Academy alunos de projetos sociais apoiados pelo torneio

De 22 a 30 de setembro, jovens terão acesso a uma semana de treinamento na academia na Flórida e a oportunidade de conhecer a Disney / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - O Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul, não só movimenta os grandes tenistas da atualidade como oferece oportunidades para o crescimento do esporte no Rio e no Brasil. Desde sua primeira edição, a organização do evento apoia projetos que usam o tênis como ferramenta de desenvolvimento humano e inclusão social.
 
Em 2017, uma das ações realizadas durante o Rio Open foi o Torneio Winners,  disputado nas quadras do Jockey Club, com a participação de alunos dos cinco projetos sociais apoiados pelo torneio: Instituto Futuro Bom, Tênis na Lagoa, Tênis Solidário, Escolinha de Tênis Fabiano de Paula e Arremessar para o Futuro.  A premiação: uma semana de treinamento na IMG Academy (EUA), liderada por Nick Bollettieri, considerado um "mago" do tênis por descobrir e lapidar nomes como o americano Andre Agassi e a russa Maria Sharapova.
 
Seis crianças e jovens que participaram do Winners  — um de cada projeto e mais um sorteado entre os campeões — embarcam no próximo dia 22 para esta experiência única. Os coordenadores dos projetos sociais acompanharão o grupo, assim como Luiz Carvalho, diretor do Rio Open.
 
“Se participar do Rio Open já é uma experiência transformadora para eles, essa viagem vai marcar para sempre. Torço para que sirva de incentivo para que eles continuem se desenvolvendo como cidadãos e sendo exemplos nos projetos sociais dos quais fazem parte.  É muito gratificante podermos proporcionar isso", disse Luiz Carvalho, o Lui.
 
Dentro da programação estão previstos treinos em quadra (com diferentes enfoques), treinos de condicionamento físico, partidas de tênis, além de atividades em sala focadas em estratégia de jogo, condicionamento mental, nutrição e o uso de equipamentos.
 
Além da programação esportiva, os alunos, que ficarão alojados na própria instalação onde os atletas da academia ficam, terão oportunidade de conhecer a Disney.
 
Vale ressaltar que, neste ano, a ação social do Rio Open foi premiada pela ATP, através do Programa Aces for Charity, de incentivo a causas sociais.
 
Perfil dos participantes:
 
Valter Davi Marques Albuquerque, 11 anos - Morador da Rocinha, Valter sempre gostou de assistir aos jogos de tênis na TV . E foi na Escola de Tênis de Fabiano de Paula, fundada em sua comunidade, que conheceu o esporte.  Seus pais, que trabalham como garçom e cozinheira, sempre o incentivaram. No Torneio Winners, foi vice-campeão da categoria 12 anos. 
 
Valter diz que vai realizar seu sonho: Viajar para os EUA, graças ao tênis, que só assistia pela TV. Outro desejo do jovem tenista é que a Escola permaneça na comunidade e ajude outras crianças a se tornarem campeões;
 
Cauã Paulino Ostenta, 11 anos - Tênis Solidário - Morador de Pilares, Cauã entrou no projeto (que fica a 600m de sua casa) há seis anos. Hoje, já colhe frutos — conseguiu uma vaga para treinar no Fluminense. No ano passado, disputou 10 torneios, dos quais ganhou 2 e foi vice-campeão em 3.
 
Tem uma irmã com 7 anos que também joga tênis. O pai, auxiliar de escritório, queria que fosse jogador de futebol, mas Cauã se encontrou no tênis.
 
Em suas horas vagas, gosta de compor funk, e tem até um apelido - Cauã Ostenta. 
 
A expectativa pela viagem é grande. Esta será a primeira vez que viaja de avião.
 
João Gabriel Oliveira, 18 anos  – Tênis Solidário - João Gabriel é mais do que um talento, é um mentor. Fã de Roger Federer, participa do Projeto desde o primeiro dia de aula. Hoje é monitor e um dos treinadores do Cauã.  Mora ao lado da quadra no bairro de Pilares.
 
Filho de representante de vendas e de mãe professora, está ansioso para treinar numa das melhores academias de tênis do mundo.
 
Marcus Vinicius Barbosa da Rocha , 16 anos – Arremessar para o Futuro - Quando tinha 10 anos (2011), Marcus, que mora no Anil (Jacarepaguá) foi convidado pelo tio para conhecer o tênis. Ele jogava futebol, mas não se considerava tão bom. Foi amor à primeira “jogada”. Treina todos os dias na escola NTC (Núcleo de Tênis City). No Rio Open, participou da clínica oferecida pelo torneio e recebeu elogio de Maria Ester Bueno, maior jogadora da história do tênis feminino no Brasil.
 
“Depois que ganhei minha primeira raquete, não parei mais. Evoluí tão bem, que me despertou o sonho de ser um jogador de tênis profissional. Sei que o caminho é duro, mas não existe distancia quando se tem força de vontade. Vai ser uma honra participar dessa semana de treinamento representando o meu projeto e ter a oportunidade de conhecer a academia”.
 
Ryan Araújo Souza, 16 anos - Instituto Futuro Bom - O destino quis que Ryan jogasse tênis. Morador do Vidigal, seu primeiro contato com o esporte foi como boleiro. Acabou se apaixonando pelo esporte e não parou mais. Já fazem 4 anos que se encontrou no tênis.
 
“Estou imensamente feliz e animado. Nunca imaginei sair do país, ainda mais para jogar tênis”
 
José André, 18 anos - Tênis na Lagoa - José é atleta do Projeto Tênis na Lagoa há mais de 10 anos. No início, ficou em dúvida entre tênis e o futebol.  Hoje, tem certeza de que fez a escolha certa. Está terminando o segundo grau, pretende fazer faculdade de Educação Física e se especializar em tênis. Há seis anos, descobriu a diabetes tipo 1, sendo o tênis  uma das formas de controle da insulina.
 
Mais informações: www.rioopen.com

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