De virada, Melo e Kubot garantem vaga na final na Alemanha

Após uma partida com dois tie breaks e muita disputa, eles estão em sua segunda decisão seguida em quadra de grama. Na semana anterior, foram campeões na Holanda. Agora, buscam o título em Halle / Foto: Gerry Weber Open_Ket

Alemanha - A dupla Marcelo Melo e Lukasz Kubot está na final do Gerry Weber Open, em Halle, na Alemanha. Nesta sexta-feira (23), em uma difícil partida pela semifinal, Melo e Kubot – cabeças de chave número 1 - venceram o francês Fabrice Martin e o espanhol Albert Ramos-Vinolas de virada, no match tie break, por 2 sets a 1, parciais de  6/7 (2-7), 7/6 (8-6) e 10/3, em 1h45.
 
Agora aguardam os vencedores da partida programada para este sábado (24) entre os alemães Alexander Zverev/Mischa Zverev e os atuais campeões Raven Klaasen (África do Sul)/Rajeev Ram (EUA), para conhecer os adversários na definição do título do ATP 500 neste domingo (25).
 
Será a segunda decisão na série de torneios que disputam em quadra de grama, como preparação para Wimbledon. Mas conseguir este feito não foi nada fácil. Os dois primeiros sets  foram muito disputados, decididos apenas no tie break, com uma vitória para cada dupla. O set inicial não teve nenhuma quebra de saque e Martin e Ramos-Vinolas levaram a melhor na definição da série, fechando em 7/6 (7-2).
 
Já no segundo set, as duas duplas tiveram quebras, mas a série também foi para o tie break, desta vez com vitória do mineiro Melo e do polonês Kubot. Eles conseguiram um break logo no primeiro game, permitiram a quebra no quarto, devolveram no quinto game, marcando 3/2, mas cederam novo empate aos adversários no 4/4. O equilíbrio continuou no tie break, com a dupla Melo/Kubot marcando difíceis 8/6 para manter as chances de buscar a vaga na final.
 
Veio o match tie break e, aí, motivados pela vitória no segundo set e mostrando mais uma vez a confiança que vem acompanhando a dupla nessa série de torneios na grama, Melo e Kubot conseguiram impor seu ritmo, não dando chances aos adversários. Fecharam o jogo por 10/3 para comemorar um lugar na decisão em Halle.
 
“Tivemos uma partida muito dura. Nossa vantagem foi que utilizamos a confiança dos últimos jogos, de todas as vitórias até aqui. Não conseguimos aproveitar dois sets points na primeira série. Mas, o importante foi seguir até o último momento, em especial no final do tie break do segundo set, quando aproveitamos uma única chance para ganhar e começar com tudo no match tie break, onde o início foi realmente decisivo, abrindo vantagem. Ficamos felizes por  virar a partida, não jogando tão bem quanto as outras rodadas, mas usando essa confiança. Isso foi realmente muito bom para passar para a final. Agora vamos ter um dia de descanso, até a decisão no domingo”, analisou Marcelo, que tem o patrocínio de Centauro, BMG e Itambé, com apoio da Confederação Brasileira de Tênis (CBT).
 
Campeões na Holanda, no Ricoh Open, na semana anterior, Melo e Kubot disputam o segundo torneio na grama nessa fase de preparação para Wimbledon, terceiro Grand Slam do ano, que será realizado em Londres, na Inglaterra, no início de julho. Com a segunda final seguida, a dupla mostra que está no caminho certo na adaptação ao piso, com um jogo consistente, concentração e confiança, que têm garantindo as vitórias.
 
Números superlativos na temporada e na carreira - Após o título na Holanda, Melo subiu de quarto para terceiro lugar no ranking mundial individual de duplas, com 7050 pontos. Kubot foi de décimo para oitavo do mundo. E juntos consolidaram ainda mais a liderança no ATP Doubles Team Race to London, que define as oito melhores parcerias de 2017 para disputar o ATP Finals, somando agora 3660 pontos – 400 a mais que a dupla segunda colocada, Henri Kontinen (FIN) e John Peers (AUS). 
 
A dupla número 1 do mundo tem 27 vitórias na temporada, incluindo a 400ª da carreira de Melo, obtida na estreia em Roland Garros, e apenas 9 derrotas. Conquistaram  os títulos de dois Masters 1000 - Miami e Madri – e o ATP 250 da Holanda. Ao lado de Bruno Soares, é o brasileiro com mais títulos na carreira, com 25 campeonatos. E também lidera no número de títulos em Masters 1000. Em Madri chegou ao sétimo, depois de ganhar Shangai (2013 e 2015), Paris (2015), Toronto (2016), Cincinnati (2016) e Miami (2017). 

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