Seletiva define equipe para 2017 e Pinheiros representa mais de 35% da equipe

Além de nomes já consagrados no judô e de atletas experientes que já tiveram passagem pela seleção, o clube conta com a estreia de mais cinco judocas / Foto: Paulo Pinto/CBJ

São Paulo - No último sábado (14), a Confederação Brasileira de Judô – CBJ realizou sua primeira seletiva para definir a equipe que representará o Brasil em 2017. Trata-se da I Etapa das várias que virão ao longo dos próximos três anos, na corrida por uma vaga para disputar os Jogos de Tóquio em 2020.
 
O evento foi realizado juntamente a mais uma edição do Super Desafio BRA, que desta vez foi uma disputa entre Brasil e Colômbia. A seleção colombiana convocou cinco judocas para a disputa, que foi por equipe mista, contando com três homens e duas mulheres. Já a equipe brasileira só foi definida um pouco antes do Desafio, após a seletiva olímpica, escolhendo-se entre os atletas que se classificaram para a seleção, mas levando em consideração os pesos do confronto.
 
O Esporte Clube Pinheiros, levou 64 atletas para os Jogos do Rio de Janeiro, entre eles três judocas: Charles Chibana, Tiago Camilo e Rafael Silva (Baby), que conquistou o bronze, sendo a segunda medalha olímpica do atleta e a quarta do clube na modalidade. Agora o clube segue com o foco na preparação para Tóquio e já iniciou o ano em grande estilo, classificando cinco judocas pela primeira vez, além de confirmar outros atletas já experientes, representando 35% da equipe que foi formada para representar o Brasil em 2017.
 
Entre os nomes que estreiam na seleção, estão: Larissa Pimenta (48kg) de 17 anos, Yanka Pascoalino (63kg) de 19 anos, Steffanie Arissa Koyama (48kg) de 21 anos, Eduardo Yudy Santos (81kg) de 22 anos e Vinicius Panini (81kg) de 26 anos.
 
A Meio-médio Yanka Pascoalino, que já teve uma experiência na seleção juvenil, comemora a conquista. “Foi minha primeira seletiva e a primeira vez que eu pego seleção adulta. A ajuda dos meus técnicos foi essencial, sem eles eu não teria chegado a lugar nenhum. Agora é treinar cada vez mais, porque eu entrei para a seleção, mas agora o meu objetivo é me tornar a titular. A partir de agora eu vou começar a ir para competições sênior, mês que vem já viajo para o Grand Slam de Paris, já para pontuar para 2020”.
 
A judoca também foi uma das escolhidas para representar o Brasil no Super Desafio BRA, contra a Colômbia e avalia que este tipo de evento é essencial para a preparação. “Os desafios são muito importantes para adquirirmos mais experiência e ainda temos a vantagem de ser dentro de casa, de termos uma vivência internacional sem precisarmos ir para fora. Eu estava cansada, não consegui dar o meu melhor, mas o fato do Brasil ter ganhado dá mais motivação, de buscar cada vez mais”, completa Yanka.
 
Descendente de japonês, o meio-médio Eduardo Yudy Santos, que já morou e treinou durante um tempo no Japão, considerado o “berço” do judô, já havia passado por outras seletivas.
 
“Esta foi a minha terceira seletiva e deu para perceber que eu evolui. Me dediquei a treinar cada vez mais e agora chegou a minha vez, estou feliz por fazer parte da seleção. O ano passado foi um ano bom para mim, tive bastante resultados, então acho que tudo isso foi consequência”, comemora Yudi.
 
O jovem judoca conta que os Jogos Olímpicos sempre foram um dos seus objetivos de vida e que apesar de este ser só o início do ciclo, a conquista com certeza é uma motivação a mais. “Desde que eu vim para o Brasil eu só pesava nisso e agora eu consegui dar um passo a mais. Agora não parece mais tão distante”.
 
Medalha de prata nas Olímpiadas de Los Angeles, em 1984, o sensei Douglas Vieira, que assumiu o comando da equipe adulta do judô pinheirense a cerca de um ano e meio, credita o resultado ao trabalho multidisciplinar realizado no clube.
 
“Quando eu cheguei no clube já vinha sendo feito um trabalho e nós focamos em aperfeiçoá-lo, melhorando as questões de planejamento e trazendo mais a parte cientifica para os treinos. Para isso, nós contamos com o apoio de toda uma equipe, temos a parte da nutricionista, a preparação física, a parte técnica e até a audiovisual, mostrando para os atletas as lutas deles e analisando os pontos que precisam ser melhorados”, explica Douglas.
 
Quando perguntado sobre as expectativas para 2020, o sensei procura ser cauteloso, mas não deixa de ressaltar a qualidade da equipe.
 
“Estamos fazendo um bom trabalho, com a equipe unida obviamente, porque se o atleta não quiser, não sai nada. Mas eles estão querendo e a equipe multidisciplinar vai dando o suporte necessário para esta vontade deles. A nossa intenção sempre é colocar o maior número possível dentro da seleção olímpica, mas é um trabalho a longo prazo. Temos pela frente três anos de trabalho árduo, mas acho que se dermos continuidade no que já vem sendo feito há uma grande possibilidade de aumentarmos o número de atletas em 2020”.
 
Confira a lista de pinheirenses que agora fazem parte da Seleção:
 
Masculino
 
Ligeiro (60kg)
Eric Takabatake (2º)
Phelipe Pelim (3º)
 
Meio-Leve (66kg)
Charles Chibana (3º)
 
Leve (73kg)
Marcelo Contini (1º)
 
Meio-Médio (81kg)
Vinícius Panini (2º)
Eduardo Yudi Santos (3º)
 
Médio (90kg)
Tiago Camilo (1º)
 
Pesado (+100kg)
Rafael Silva (1º)
 
Feminino
 
Ligeiro (48kg)
Stefannie Arissa Koyama (1ª)
Larissa Pimenta (2ª)
Gabriela Chibana (3ª)
 
Meio-Leve (52kg)
Eleudis Valentim (3ª)
 
Meio-Médio (63kg)
Yanka Pascoalino (3ª)
 
Médio (70kg)
Barbara Timo (2ª)
 
Meio-Pesado (78kg)
Samanta Soares (2ª)

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