Às vésperas de retorno, Baby foca: “passei réveillon treinando”

Rafael está ansioso para seu retorno aos tatames e espera fazer bonito na Rio 2016 / Foto: Felipe Rodrigues

Rio de Janeiro – Às vésperas de seu retorno ao tatame, que ocorre neste mês de janeiro em Cuba, no Grand Prix de Havana, o judoca Rafael Silva, o Baby, não consegue esconder a ansiedade de voltar a lutar. Depois de uma lesão no ombro que o deixou fora do Pan de Toronto, em 2015, Baby precisa agora garantir sua vaga na Rio 2016.
 
“Passei o Réveillon treinando. Foram seis meses sem competir, e agora a expectativa é bem grande. Já nesse começo do ano luto em Cuba. A vontade de lutar é muito grande. Tenho que conseguir esses pontos até o fim de maio para participar das Olimpíadas”, afirma Rafael, referindo-se ao sistema de pontuação do ranking adotado como critério da CBJ (Confederação Brasileira de Judô).
 
O judoca explica mais sobre sua posição. “Acho que estou a 60 pontos do meu adversário brasileiro. Fiz menos competições que ele por conta da lesão, mas tenho muita competição até maio. Já vou lutar em Cuba, depois França, Áustria e Alemanha. Então são várias competições para tentar pontuar e conseguir a vaga”, emenda Baby, em entrevista ao Globoesporte.com.
 
Hoje Rafael é segundo na disputa pela vaga olímpica. Seu principal concorrente na categoria acima de 100kg, David Moura, tem 70 pontos a mais que ele no ranking olímpico. A CBJ, porém, não garantiu que usará somente o ranking como critério para definir os representantes de cada categoria. A confederação poderá usar outros parâmetros, mas Baby não quer deixar brecha para dúvidas e quer se garantir no ranking.
 
“A primeira escolha geralmente é pelo ranking, depois tem o critério técnico que a confederação decide, mas o negócio é começar a lutar bem já em janeiro. É importante voltar ao ritmo de competição, competir bastante para sentir os adversários, e tem algumas caras novas que já medalharam nesse último Mundial. A vontade de lutar é grande e é importante sim estar na frente nos pontos no ranking”, garante o judoca.
 
O Brasil poderá levar 14 atletas para o torneio olímpico de judô, sete no masculino e sete no feminino, um para cada categoria de peso. A modalidade é uma das mais vitoriosas do país nas últimas edições de Jogos Olímpicos: ao todo foram 19 pódios, sendo três medalhas de ouro. Na Rio 2016, o objetivo é conquistar ao menos cinco medalhas, superando as quatro conquistadas em Londres 2012.
 
“O time está forte. Os últimos Mundiais em casa foram com muitas medalhas. Expectativa é muito boa (...). Espero que a gente consiga manter o número de Londres ou melhorar o quadro com cinco medalhas, que acho que é a expectativa da comissão técnica (...). A galera que vai lutar em Cuba está bastante unida treinando, focando nas Olimpíadas e na classificação olímpica”, finaliza Rafael.
 
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