Scheidt e Prada são campeões do evento-teste da Olimpíada por antecipação

Ouro sem a medal race para Robert e Bruno / Foto: Francisco Lino / ZDLWeymouth - A regata da medalha foi criada pela ISAF para evitar a supremacia de uma equipe nas competições de vela. Mas, para Robert Scheidt e Bruno Prada, a medal race, que vale pontuação dobrada, será apenas um detalhe em Weymouth. Nesta sexta-feira, dia 12 de Agosto, os dois chegaram em quarto lugar.

Com isso, os brasileiros conquistaram o ouro no evento-teste da Olimpíada de 2012 na classe Star por antecipação e comprovaram a supremacia na categoria, que contou com 22 equipes. A dupla somou 17 pontos perdidos e não poderá mais ser alcançada na última regata de sábado (13).

"Nossa dupla está com regularidade em todas as condições de vento. Fizemos um ótimo campeonato e tivemos sorte. O que fez a diferença também foi a empolgação com o barco novo, que é rápido nos ventos médio e forte", explicou Bruno Prada. A competição na raia olímpica foi a primeira de nível internacional com o PStar, barco produzido nos Estados Unidos para os líderes do ranking mundial.

O resultado em Weymouth provou, mais uma vez, que os brasileiros serão visados na classe Star. Por isso, Robert Scheidt se diz preparado para a pressão. "Vencer é bom e te dá mais motivação, mas por outro lado, a dupla fica mais em evidência. O velejador ganha respeito, notoriedade, cobrança e pressão. E os ingleses, que correm em casa, viram que estamos andando bem e vão treinar mais para ganhar da gente", revelou Robert Scheidt, acostumado com o favoritismo em Olimpíada desde os tempos da Laser.

Robert Scheidt e Bruno Prada ainda disputam a última regata neste sábado do evento-teste. Para levar o ouro por antecipação, a dupla venceu quatro das 10 provas do calendário. O pior resultado foi um nono, que foi descartado.

A dupla está num grande momento da carreira. Lidera o ranking mundial da classe desde julho de 2010 e nesta temporada disputou 10 torneios e ganhou oito, entre eles a Copa do Mundo da Isaf, feito inédito para a vela brasileira..

Meninas do 470 ficam em quinto - As brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Barbachan não conseguiram uma medalha no evento-teste, mas chegaram perto (a cinco pontos do bronze). A quinta colocação na classe 470 provou que as gaúchas estão no caminho certo.

"Chegar com a chance de ganhar uma medalha é pra ser comemorado numa competição como essa. É uma pena perder o pódio após uma regata curta. A súmula mostrou que a gente está próxima de um resultado positivo e vamos continuar com esse trabalho", ressaltou Fernanda Oliveira.

A proeira Ana Barbachan salientou que a dupla focará o Mundial de Perth no segundo semestre. A competição classifica os países para a Olimpíada de 2012. "Nosso objetivo é fazer um bom resultado na Austrália e continuar entre as top da 470", disse.

O ouro da 470 ficou para as japonesas Ai Kondo e Wakako Tabata , a prata para as britânicas Hannah Mills e Saskia Clark e o bronze para as holandesas Lisa Westerhof e Lobke Berkhout.

Bruno Fontes na Laser - O velejador catarinense também comemorou o resultado em Weymouth e espera levar esse bom nível para o Pan de Guadalajara em outubro. Na regata da medalha, Bruno Fontes acabou em sexto. Na classificação geral, o brasileiro foi o quinto.

"Estou contente e volto para o Brasil confiante em conquistar uma medalha no Pan. Agora muda um pouco a dieta para os ventos fracos do México", projetou Bruno Fontes.

Na Finn, Jorge Zarif encerrou em 19º lugar após 10 regatas com ventos de 15 nós de média. O objetivo do caçula da equipe brasileira de vela será ganhar mais massa muscular em 2011 para melhorar seu desempenho na classe.

O evento-teste é uma simulação do que deve ocorrer durante a disputada dos Jogos Olímpicos em 2012. A competição conta com os melhores do ranking mundial em oito classes. São 378 velejadores de 44 países. O Brasil é representado por 11 atletas na 470 (masculino e feminino), Finn, Laser, Laser Radial, Star e RS:X (masculino e feminino) e não disputa as classes 49er e Match Race.

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