Scheidt e Prada deixam a raia olímpica com a confiança em alta

Robert Scheidt e Bruno Prada saem do evento-teste para Londres/2012, em Weymouth, com a confiança em alta / Foto: Divulgação onEditionWeymouth - Robert Scheidt e Bruno Prada saem do evento-teste para Londres/2012, em Weymouth, com a confiança em alta. Campeões antecipados da classe Star, sem depender da pontuação da Medal Race - que terminaram em quarto lugar, neste sábado, dia 13 de Agosto, os brasileiros vão dar início a um novo ciclo de preparação que os faça chegar ao Mundial de Perth, na Austrália, em dezembro, com a mesma força que apresentaram em Weymouth.

No Mundial, Scheidt e Prada vão lutar para classificar a classe Star brasileira para os próximos Jogos Olímpicos - 11 das 16 vagas estarão em jogo em Perth. O desempenho da dupla até agora na temporada é praticamente perfeito. Dos dez títulos que disputaram, venceram oito, incluindo a Copa do Mundo de Vela da Isaf, feito inédito para a vela nacional. Por três vezes foram campeões antecipados, antes da realização da Medal Race: na Rolex Miami OCR, na Semana Francesa de Vela, em Hyères, e agora, no evento-teste.

"Estamos em um momento muito importante da nossa carreira, velejando de maneira muito consistente", diz Scheidt. "Vencer sem a Medal Race não é fácil. É preciso abrir no mínimo 20 pontos de vantagem. A nossa vitória, aqui, no evento-teste, mostrou muito a nossa regularidade, sempre velejando com alto desempenho, sempre bem, sempre nos superando."

Para Prada, ele e Scheidt estão realmente em um nível acima dos demais, mas a distância que os separa dos adversários não é tão grande como a vantagem numérica faz parecer. "Muitas vezes, a parte numérica não condiz com a realidade. O que eu acho é que estamos com uma constância muito grande em todas as condições de velejada. Na sexta-feira (12/8), último dia da fase de classificação, por exemplo, o vento estava um pouquinho mais fraco. Os irlandeses (Peter O’Leary e David Burrows), muito bons com vento forte, não tiveram bom desempenho. Na quinta-feira, (11/8), os poloneses (Mateuzs Kusznierewicz e Dominik Zycki) tiveram um problema de quebra do barco", enumera. "Muitas coisas nos ajudaram, estavam convergindo para o mesmo barco, por isso, deu tudo certo."

A dupla também está feliz com o desempenho do novo barco, um PStar, americano. "É excelente", diz Prada. "É muito rápido no vento médio para forte. Ainda tem algumas deficiências no vento fraco, que precisamos corrigir." Prada explica que, na verdade, ele e Scheidt ainda não tiveram tempo de treinar com vento fraco. A preparação do PStar - entregue no final de junho, na Europa - para o evento-teste foi feita na segunda quinzena de julho, no Lago di Garda, na Itália. "Em Garda, o vento é sempre de médio para forte. Precisamos fazer uma sessão de treinos com vento mais fraco para ele ficar tão competitivo nessa condição quanto já é no vento médio e forte."

Próximos desafios - Segundo Scheidt, os treinos no Lago di Garda vão prosseguir no segundo semestre. Para ele, o tempo dedicado à preparação na Itália tem sido muito proveitoso. "E não é só a questão de testar equipamento. Lá, conseguimos velejar com importantes adversários. O Loof (o sueco Fredrik Loof), que é o atual medalhista olímpico de bronze, por exemplo, mora em Garda", diz. "Temos de continuar esse trabalho. Nos últimos seis meses, evoluímos muito fazendo isso. Agora, é questão de intensificar os treinos e melhorar alguns aspectos da nossa velejada."

O evento-teste para Londres/2012 foi a segunda competição que os brasileiros disputaram - e ganharam - em Weymouth, este ano. Foram campeões também da Skandia Sail for Gold Regatta, no início de junho. O aprendizado sobre a raia olímpica e as condições da velejada não poderia ser melhor. "Nos adaptamos bem à raia", diz Scheidt. "Gostamos da raia, dos ventos fortes, que são os nossos preferidos, estamos bem familiarizados com a região. E esperamos que em 2012 vente mesmo, vente forte. Nos próximos meses, é continuar treinando. Ainda temos muito a evoluir, algumas coisinhas para melhorar no barco, não podemos descuidar da preparação física. Tudo para chegarmos aqui tranquilos em 2012, porque a pressão é muito grande, e tentarmos representar bem o País mais uma vez."

O próximo desafio de Scheidt e Prada será o Campeonato Italiano, em setembro. "Vai ser ‘em casa’, no Lago di Garda, que é onde o Robert mora e sempre treinamos", diz Prada. "Depois, vamos disputar o Hemisfério, de novo em casa, porque será em Búzios, no final de outubro."

Para antes do Mundial, a dupla, líder do ranking mundial da classe Star, já planejou três semanas de aclimatação na Austrália. "Temos de nos adaptar ao fuso, adaptar o próprio barco, uma série de coisas", diz Prada. "Não tem muita folga, não. Não dá para nos acomodarmos, porque o pessoal, com certeza, vai treinar muito mais para chegar ao estágio em que nós estamos hoje."

Classificação final após dez regatas, o descarte do pior resultado e a Medal Race:
1º - Robert Scheidt e Bruno Prada, Brasil, 25 pontos perdidos (1+1+1+2+2+9+3+2+4+1+8)
2º - Percy e Andrew Simpson, Inglaterra, 45 pp (7+13+5+22+4+2+1+4+2+5+2)
3º - Mateuzs Kusznierewicz e Dominik Zycki, Polônia, 55 pp (8+4+2+5+3+5+4,5+4,5+5+11+14)
4º - Peter O’Leary e David Burrows, Irlanda, 61 pp (6+5+4+4+1+3+2+6+11+10+20)
5º - Diego Negri e Enrico Voltolini, Itália, 66 pp (4+10+3+3+6+4+11+11+1+8+16)

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