Robert Scheidt vive expectativa do Brasileiro da modalidade

Robert prestigia Copa de Estreantes / Foto: Sidney Bloch

São Paulo - Em ritmo de preparação para o Campeonato Brasileiro de Laser, entre os dias 19 e 23, Robert Scheidt investe em treinamento pesado, com maior volume de exercícios aeróbicos, musculação e um trabalho específico de prevenção de lesões. Tricampeão mundial pela Star, o velejador marcou a volta à antiga classe que o consagrou, a Laser, com a vitória no Italiano de Classes Olímpicas, em setembro. Mas ainda quer evoluir para se manter na briga pelo topo do pódio.
 
Nesta segunda-feira (11), numa breve pausa dos treinos, Scheidt prestigiou a abertura da Copa de Estreantes de Optimist, no Yacht Club Santo Amardo ( YCSA), na Represa de Guarapiranga. Na ocasião, conversou com os jovens atletas, com idades entre 7 e 15 anos, e falou da expectativa para sua próxima disputa em Porto Alegre.
 
"Eu treinei a partir de setembro e me sinto bem preparado. Não sei exatamente qual o meu estágio atual diante dos melhores brasileiros na Laser, como o Bruno Fontes", explicou Scheidt. "Mas estou sem lesões. Essa é minha maior preocupação no momento, já que estou numa idade mais avançada. Na Laser, a coluna e o joelho são mais exigidos, se desgastam mais. Tenho feito exercícios com uma bola suíça, exercícios aeróbicos, além de musculação, mais para aumentar a resistência, e não para ganhar massa muscular como na Star". 
 
Para Scheidt, a maior motivação na volta à Laser, em que conquistou oito títulos mundiais e três medalhas olímpicas (duas de ouro e uma de prata), é encontrar uma classe diferente daquela que deixou há oito anos para competir na Star. "Se eu tivesse continuado na Laser, talvez estivesse desgastado a essa altura. Mas voltar agora é diferente, porque é tudo novo para mim", disse. "E o período em que passei na Star também me permitiu amadurecer como atleta. O barco da Star é muito técnico, e velejei com grandes nomes do esporte, como o britânico Iain Percy. Pude trazer essa experiência para a Laser".
 
O retorno à antiga categoria, no entanto, também exigiu um processo de readaptação ao modo de velejar. "A Laser é muito solitária. Você é quem tem que tomar todas as decisões sobre manobras é estratégias. Treinar sozinho também é ruim, pelo fato de não ter com quem conversar ou trocar ideias", contou Scheidt. "Sempre que posso, convido outros velejadores para treinar comigo. Tenho treinado bastante com o João Hackerott, que é um velejador jovem, de 22 anos, mas de talento e que tem muita lenha para queimar."
 
No Campeonato Brasileiro de Laser, Scheidt terá a companhia de João Hackerott e Bruno Fontes, representante brasileiro da categoria nos Jogos de Londres/2012. Na sequência, o velejador disputará a Semana Brasileira de Vela, entre 18 a 24 de fevereiro, no Rio de Janeiro. A competição servirá como seletiva para a formação da equipe olímpica para os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio.
 
Encontro com o ministro - Na Copa de Estreantes, que antecede o Campeonato Brasileiro de Optmist, no Yatch Club Santo Amaro (YCSA), na Represa de Guarapiranga, Scheidt se encontrou com o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que abriu a competição. Tanto ele quanto o ministro ficaram empolgados com a presença da garotada. 
 
"Ver todas essas crianças no clube mostra que a vela continua sendo um esporte muito forte no Brasil. E é muito bom para as garotada viver esse clima de competição. Sempre procuro mostrar que o principal é competir, entrar para ganhar, se familiarizar com o barco, poder analisar os erros, ver onde pode melhorar", destacou Scheidt. "A Optimist é o grande evento formador da vela, é o mais importante das categorias de base."
 
Scheidt também deu dicas sobre a represa de Guarapiranga, onde começou a velejar ainda aos 11 anos. "Aqui é complicado, tem muitas casas, vento oscilante. O importante é a tática. O lugar estimula a estratégia, o atleta tem que ser inteligente", ressaltou o velejador, que guarda boas recordações do início da carreira na Optimist. "Comecei de forma bem recreativa, e acho que a minha paixão pela vela foi o que me fez prosseguir, mudar de classe, investir no treinamento, brigar por medalha", completou o velejador, que tem patrocínio do Banco do Brasil, Prada, Gocil e Rolex.
 

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