Match Race convoca árbitros de ponta para edição dos 10 anos

Barco contra barco / Foto: Agif

Rio de Janeiro - O Match Race Brasil repete a fórmula das últimas edições e levará para água um quadro de árbitros de nível internacional para fiscalizar de perto os duelos na competição barco contra barco. O evento, que será disputado de 8 a 11 de novembro, no Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), terá profissionais certificados pela Isaf (Federação Internacional de Vela). 
 
O experiente Pedro Paulo Petersen será o juiz geral. Responsável por escolher os demais integrantes da equipe, ele terá o apoio de dois grupos, supervisionados por Cuca Sodré (coordenador da Comissão de Regatas) e Nelson Ilha (árbitro chefe).
 
"É a competição de match race mais importante realizada no Brasil e a parte técnica é feita pelos melhores árbitros. Os velejadores participantes também são criteriosamente selecionados, o que torna esse evento ímpar no País. É uma competição rápida e de fácil entendimento, inclusive para quem nunca viu uma regata. Os barcos estão sempre lado a lado", revela Pedro Paulo Petersen.
 
A modalidade exige atenção especial dos juízes durante as provas, já que a regra permite que uma equipe force o erro da outra para tentar levar vantagem. As ações começam antes mesmo da largada e se estendem nos contornos de boia e mudanças de bordo. O momento crucial é o que antecede a largada, já que os barcos procuram uma melhor posição para ter vantagem até a próxima boia e sempre tentam penalizar o adversário.
 
Julgamento e penalização na água - A Comissão de Regatas é a responsável pela montagem do percurso de barla-sota, sinalização de largada e pela súmula final. As largadas e as chegadas dos duelos são sempre realizadas entre a embarcação do juiz principal e uma boia inflável. Toda a sinalização é feita por bandeiras, não existindo contato verbal com os atletas. Os juízes são responsáveis por acompanhar as provas e sempre que exista um protesto, a decisão é imediata e o barco infrator paga uma penalidade imediatamente.
 
O gaúcho Nelson Ilha será outro destaque do Match Race Brasil 2012. O juiz acaba de voltar de sua quinta Olimpíada na raia de Weymouth, na Inglaterra. O profissional é um dos mais requisitados do continente para regatas de regras diversas.
 
Para chegar ao nível do gaúcho é preciso muito estudo e participar de provas regularmente. Hoje o Brasil desenvolve um programa de oficiais nos moldes da ISAF (Federação Internacional de Vela). No caso dos árbitros, há clínicas e seminários nacionais que dão a base teórica. A prática tem que ser conseguida nos eventos. "Os árbitros nacionais são estimulados a participar das atividades para certificação internacional. O primeiro passo é buscar competições no seu clube, ou nos que realizam Match Race, e se oferecer como voluntário", aconselha Nelson Ilha.
 
Perguntado sobre o ano especial de 2012, com mais uma Olimpíada no currículo, Nelson Ilha foi categórico: "procuro aprender ao máximo nestas oportunidades. A pressão é enorme, os países investem muito nos atletas e cada detalhe é muito importante. Desta forma a ação do júri é bastante conservadora para evitar ao máximo a possibilidade de erros."
 
O Match Race - As regatas são rápidas, durando no máximo 20 minutos entre as boias. No caso do Match Race Brasil os veleiros escolhidos são do modelo Beneteau First 40.7, rigorosamente iguais para as tripulações, que precisam mostrar talento e muito entrosamento para superar o adversário. O time que larga melhor tem enorme vantagem e, por isso, o procedimento inicial é um dos mais tensos do Match Race. As tripulações são formadas por 7 homens e 1 mulher ou 10 mulheres.
 
A inspiração do Match Race veio do evento de vela mais tradicional do mundo, a America´s Cup, com mais de 150 anos de existência. Feras já testaram seus conhecimentos na modalidade, como Torben Grael, Robert Scheidt, Eduardo Penido, Marcos Soares, Lars Grael, Bruno Prada, André ´Bochecha´ Fonseca, Joca Signorini, Horácio Carabelli, Fernanda Oliveira e Isabel Swan. Em 2012, nos Jogos de Londres, a modalidade fez parte do calendário.
 
Em 2011, o Match Race Brasil conheceu um novo campeão: a Marinha do Brasil (RJ), comandada por Henrique Haddad, de apenas 25 anos. A equipe do jovem velejador bateu o time da Marina da Glória (RJ), do experiente Alan Adler. O vencedor da edição deste ano também leva o troféu Roger Wright para o clube. A equipe das Forças Armadas, que se preparava para os Jogos Mundiais Militares, terminou a competição barco contra barco do ano passado com 100% de aproveitamento.
 
Classificação de 2011
 
1º - Marinha do Brasil
2º - Marina da Glória
3º - Búzios Vela Clube (RJ)
4º - Veleiros do Sul (RS)
5º - Rio Yacht Club (RJ)
6º - Escola Naval (RJ)
7º - Yacht Club Santo Amaro (SP)
8º - Iate Clube do Rio de Janeiro
9º - Charitas (RJ)
10º - Cabanga (PE)
11º - Lagoa dos Ingleses (MG)
12º - Iate Clube de Brasília

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