Conheça a classe Optimist, porta de entrada da vela

Barco suporta até 60 kg / Foto: Fred Hoffmann

São Paulo - A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros é fácil de tocar e oferece segurança para a garotada de até 15 anos aprender as principais funções de um monotipo.
 No Campeonato Brasileiro de 2013, que ocorre de 15 a 25 de janeiro no Yacht Club de Santo Amaro (YCSA), mais de 200 crianças e adolescentes mostrarão seu talento na Represa do Guarapiranga e, quem sabe, dessa flotilha sairão os representantes do País na Olimpíada de 2020 em diante. Pelo 'veleirinho' já passaram grandes campeões como Robert Scheidt, Bruno Prada, Marco Grael e Martine Grael.
 
Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist. O veleiro suporta até 60 quilos e pode ser conduzido por pequenos de 7 a 15 anos. O nome, traduzido do inglês, quer dizer otimista. 
 
A história do Optimist começou em 1947, na cidade de Clear Water, nos Estados Unidos. E a categoria surgiu de uma mera casualidade. Os jovens norte-americanos, que liam bastante a revista Mecânica Popular, resolveram pegar caixas de sabão e colocar rodas e velas. Os vizinhos reclamaram da algazarra, principalmente pela velocidade que o pequeno veículo tomava as ruas, e o prefeito local encontrou uma forma para agradar a todos. Coube ao projetista Clark Mills desenhar um modelo especial para uso apenas na água, sem a bagunça pelas vias da cidade.
 
A partir daí, o processo ficou acelerado e saiu de Clear Water para ganhar o mundo. Na Dinamarca, o engenheiro naval Axel Damgaard ficou sabendo da ideia e aprimorou o barco, espalhando, assim, a classe por toda a Europa. Em 1960, por exemplo, só na Dinamarca mais de 2 mil Optimist competiam. Hoje, a organização que cuida da categoria mundialmente estima que mais de 150 mil crianças tenham um modelo. No Brasil, os primeiros campeões na década de 1970 foram: Eduardo Melchert (Yacht Club Santo Amaro) e Marcelo Maia (ICB)
 
"No Optimist se inicia o contato e aprendizado com a vela. Nesta classe as crianças passam de 5 a 7 anos desenvolvendo habilidades que serão decisivas para as etapas seguintes. Com o tamanho do nosso litoral é possível dizer que a prática da vela é possível em boa parte das cidades litorâneas. A união de velejadores, pais, clubes e federações facilitaria bastante a tarefa de expandir este esporte aqui no Brasil", diz Paulo Gomes, um dos coordenadores da classe no País.
 
Estrutura especial - O YCSA terá uma estrutura especial para receber os velejadores, treinadores e dirigentes no evento, considerado o maior de vela monotipo do Brasil. Mais de mil pessoas estarão envolvidas durante as duas semanas de atividades. A competição tem a chancela da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) e chegará a 41ª edição.
 
O campeonato tem dois dias para inscrições e medições de barcos, 15 e 16. No dia 17 haverá a regata treino e, no dia seguinte, a cerimônia de abertura e a primeira regata oficial. 
 
Celeiro de campeões - O YCSA é detentor de sete medalhas olímpicas, 27 pan-americanas, 25 títulos mundiais e inúmeros brasileiros. Nas fileiras dos campeões estão Alex Welter e Lars Bjorkstrom, ouro em Moscou/80 na classe Tornado. O Yacht Club de Santo Amaro formou o maior medalhista olímpico do País, Robert Scheidt. O velejador soma cinco pódios, sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Um dos mais tradicionais clubes do Brasil, O YCSA tem 82 anos de dedicação à vela.
 
Ficha técnica do Optimist:
 
Comprimento total: 2,34m
Largura: 1,13 m
Deslocamento: 35 quilos
Área vélica: 3,25m²
 
 

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