Comissão de Regatas ‘acha’ vento em Ilhabela
Ilhabela - O primeiro dia da decisão da segunda etapa da Copa Suzuki Jimny, chamada de Warm Up, começou com pouco vento e muita criatividade da Comissão de Regata.
No início da tarde de sábado, dia 2 de Junho, apesar do tempo bom (25 graus) em Ilhabela, não havia condições de realizar as provas com 58 veleiros na raia. Mas, a organização mudou percurso e conseguiu iniciar as disputas que vão apontar o campeão nas classes C30, HPE, ORC e BRA-RGS com ventos variando de 5 a 15 nós. Mais leves, os HPEs tiveram duas regatas contra apenas um das demais categorias.
Como a vela é uma modalidade que depende dos fatores climáticos, cabe aos organizadores procurar uma solução que não prejudique os velejadores e que valide os resultados. A dúvida estava entre o leste ou sul e as provas deveriam começar na Ponta das Canas, que é localizada ao norte da ilha. Entretanto, o vento rondado impediu o tiro de largada. Para os barcos grandes,a Comissão de Regata fez uma prova menor de 4 milhas (7,4 quilômetros).
"Parece que somos caçadores mesmo. O vento dava volta na Ilhabela e ficamos adiando até saber a melhor posição. Até o finalzinho não sabíamos se ia entrar leste ou sul", explica Cuca Sodré, presidente da Comissão de Regatas. "Ia ter uma prova de percurso para os barcos grandes, mas não teve jeito. Optamos por correr no canal, que é mais complicado, já que os velejadores vão sempre pelas extremidades para evitar as correntezas. É preciso ter maior largura conseguir os dois bordos".
As largadas foram realizadas na Praia do Pinto e as boias de contra vento ficaram no Yacht Club de Ilhabela e no Terminal dos Navios para os HPES e barcos maiores, respectivamente.
Os veleiros acima de 40 pés, nessa condições, encontram mais dificuldade pelo peso e tamanho. Por isso os HPEs, que têm 25 pés, aproveitam melhor a situação. "Os barcos mais leves e menores acabam passando a gente, que fica boiando por ser grande.Mas, quando a situação é diferente dá para velejar com tranquilidade, tomando vinho branco e comendo uma lasanha a bordo", ironiza Bayard Filho, do Inaê Transbrasa, que corre na BRA-RGS.
E os resultados deixaram tudo equilibrado para a decisão deste domingo (3) em Ilhabela. Na HPE, o Relaxa Next (Roberto Mangabeira) abriu quatro pontos de vantagem para o Jimny/Takeashauer(Márcio Ashauer) e sete para o SERGlass Eternity (Marcelo Bellotti). "Mais uma vez conseguimos velejar bem e vencer uma das regatas. O importante é manter o mesmo ritmo de sábado para faturar o Warm Up, justamente na minha estreia nessa categoria", conta Maurício Santa Cruz, integrante do Relaxa Next e bicampeão pan-americano de J/24.
Os que estão atrás apostam em mais dificuldade ainda no último dia de provas. "A raia foi montada diferente do normal, mas a gente conseguiu diminuir os pontos para os adversários fazendo a melhor média do dia. Todos estavam concentrados no campeonato. Vamos para o último dia brigando", projeta Dieogo Aguiar, do SERGlass Eternity, terceiro colocado na geral.
Entrada do descarte muda tudo na BRA-RGS - Após cinco regatas, a classe BRA-RGS teve mudanças nas primeiras posições, exceto na Cruiser, que segue com 100% de aproveitamento e é praticamente campeão do Warm Up. Na subdivisão A, o Jylic II (Martin Bonato) venceu a regata do dia e está com o mesmo número de pontos do Fram (Felipe Aidar) e um a menos do que o Jazz (Valéria Ravanni).
Na BRA RGS B, Asbar II (Sérgio Keplacz) leva a vantagem nos critérios de desempate sobre o Nomad (Márcio Dottori). Na C, o Ariel (Luis Pimenta) disputa a liderança com o Conquest (Marco Hidelgo).
Na ORC, o Tomgape (Ernesto Breda), também comum descarte, segue na liderança, assim como o Loyal (Marcelo Massa) na C30. A previsão da meteorologia para o domingo (3) é de ventos variando de 8 a 12 nós durante as regatas, que começam às 13h.
Resultados acumulados do Warm Up:
ORC após cinco regatas e um descarte
1º - Tomgape (Ernesto Breda) - 4 pp pontos perdidos (2+1+1+1+1)
2º - Tembó Guaçu (Marcelo Massa) 10 pp - (3+3+2+2+3)
3º - Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) - 11 pp (1+4+3+3+4)
HPE após sete regatas e um descarte
1º - Relaxa Next (Roberto Mangabeira) 16 pp (3+1+8+2+4+5+1)
2º - Jimny/Takeashauer (Marcos Ashauer) - 20 pp (1+7+2+5+2+10+3)
3º - SERGlass Eternity (MarceloBellotti) - 23 pp (7+2+5+12+5+2+2)
BRA RGS A após cinco regatas e um descarte
1º - Jylic II (Martin Bonato) - 8 pp (4+3+3+1+1)
2º - Fram (Felipe Aidar) - 8 pp (2+1+5+2+3)
3º - Jazz (Valéria Ravanni) - 9 pp (1+4+1+3+4)
BRA RGS B após cinco regatas e um descarte
1º - Asbar II (Sérgio Keplacz) - 7 pp (1+3+2+2)
2º - Nomad (Márcio Dottori) - 7 pp (3+1+1+1)
3º - Anequim (Paulo de Moura) - 9 pp (2+2+7+3)
BRA RGS C após cinco regatas e um descarte
1º - Ariel (Luis Pimenta) - 6 pp (2+1+2+1+1)
2º - Conquest (Marco Hidelgo) - 7 pp (1+5+5+3+2)
3º - Rainha (Leonardo Pacheco) - 9 pp (3+2+1+2+4)
BRA RGS Cruiser após cinco regatas e um descarte
1º - Helios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) - 4 pp (1+1+1+1+1)
2º - Cocoon (Marcelo Cagiano) - 9 pp (5+3+2+2+2)
3º - Pirajá (Rubens Bueno) - 13 pp (2+2+6+4+5)
C30 após seis regatas e um descarte
1º - Loyal (Marcelo Massa) - 5 pp (1+1+1+1+1+1)
2º - Barrucada/Matrix (Humberto Diniz) - 10 pp (2+3+2+2+2+2)
3º - +Realizado (José Apud) - 14 pp (3+2+3+3+3+3)
