Brasileiro de Optimist começa no YCSA com 140 futuros campeões

Represa do Guarapiranga / Foto: Sidney Bloch/ZDL

São Paulo - Está chegando a hora dos futuros campeões da vela mostrarem talento em uma competição de alto nível. Nesta sexta-feira (18) será dada a largada para uma série de 12 regatas do Campeonato Brasileiro de Optimist, no Yacht Club de Santo Amaro (YCSA). Mais de 140 crianças e adolescentes de 7 a 15 anos participam das provas na Represa do Guarapiranga. 
 
Para muitos especialistas, como o maior medalhista olímpico do País, Robert Scheidt, essa garotada representará o Brasil nos Jogos de 2020 em diante. O evento conta com oito estados participantes: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco.
 
Entre os candidatos à medalha de ouro, os destaques são: Pedro Marcondes Correa (Yacht Club de Santo Amaro), Luis Dotta (Yacht Club de Santo Amaro), Iago Simões (Iate Clube do Rio de Janeiro) e Gustavo Abdulklech (Iate Clube do Rio de Janeiro), Lucas de Almeida Abreu (Iate Clube de Brasília), Gabriel Lopes Camargo (Veleiros do Sul), Gerald Wicks (Yacht Club da Bahia) e Luiza Cruz (Yacht Club da Bahia) e Pedro Zonta (Jangadeiros). 
 
"Ano passado eu fui o sexto colocado no Brasileiro e, os meninos que ficaram na minha frente, já estouraram de idade. Isso pode ajudar, mas a dedicação aos treinos é enorme. Conheço a raia bem, pois vim quatro vezes durante o ano de 2012", contou Pedro Zonta, de 14 anos, de Porto Alegre (RS). 
 
Os favoritos ao título desta temporada buscam encerrar a fase no Optimist com chave de ouro. Aos 15 anos, os atletas são obrigados a escolher uma outra categoria para seguir a carreira. ""A categoria é a base da vela e espero sair para as outras classes bem preparado. Meu foco nas próximas temporadas é correr de 420", salientou Pedro Zonta.
 
No feminino, Luiza Cruz, da Bahia, é tida como uma das favoritas. A garota de 13 anos quer disputar todos os campeonatos nacionais e internacionais na categoria para aprender. O treinador Mário ‘Maru’ Urban avaliou a sua pupila: "A atleta é bastante competitiva e quer ganhar buscar o título. Guando chega na água, ela coloca tudo em prática e sabe conviver com a pressão". 
 
O sistema de disputa do Brasileiro de Optimist premia a regularidade dos atletas na água. "São vários competidores e apenas um descarte. Para garantir justiça, adotamos duas flotilhas, que serão alteradas a cada dia. Vamos garantir que o melhor vença", explicou Marcos Biekarck, coordenador de vela do YCSA e organizador do Campeonato Brasileiro
 
Campeão pan-americano e um dos treinadores do Rio Grande do Sul, Alexandre Paradeda afirmou que vai levar o título quem evitar estratégias mais arriscadas. "O campeonato será da regularidade. O garoto que arriscar muito e tirar um 50 e 60 perde o evento. Os pequenos precisam se acostumar a evitar riscos. Na Olimpíada é parecido e eles devem aprender", completou Paradeda. 
 
Apoio dos especialistas - Robert Scheidt, Alexandre Paradeda e outros ídolos da vela brasileira passaram pelo YCSA para dar apoio aos pequenos velejadores. A ajuda dos especialistas é fundamental para que a nova geração chegue bem preparada nas classes olímpicas e pan-americanas. O próprio Scheidt passou algumas horas dando dicas da raia paulista aos garotos na última segunda-feira (14), durante a abertura da Copa de Estreantes. 
 
"O Brasileiro de Optimist reunirá os futuros campeões da vela nacional, aqueles que representarão o País na Olimpíada de 2020. Eu iniciei no Optimist no YCSA e tenho ótimas lembranças desta época. Será o primeiro grande teste da molecada num ambiente competitivo e isso faz diferença no futuro", disse Robert Scheidt.
 
Agora como treinador, Alexandre Paradeda destaca a importância da classe. "O Optimist é a base de tudo. O atleta pega o gosto pelo esporte, pela vela e dá início à sua carreira. Dessa classe saem os representantes brasileiros em Jogos Olímpicos e Pan-Americanos no futuro", disse o atleta, que foi campeão nacional da classe em 1987 e, 20 anos depois, faturou a medalha de ouro pan-americana de Snipe. 
 
Irmãos baianos são destaque na Copa de Estreantes - Durante três dias, a garotada com pouca experiência no Optimist participou da Copa de Estreantes. Os pequenos não se importaram com o clima ruim dos últimos dias, principalmente a forte chuva que caiu na zona sul de São Paulo nesta quarta-feira (16). O campeão de 2013 foi João Victor Barini Ramos, do Clube Naval Piraquê, do Rio de Janeiro (RJ). No feminino, a atleta com melhor desempenho foi Daniela Luz, do Iate Clube do Rio de Janeiro (RJ). 
 
O evento com os estreantes contou com atletas de cinco estados. São Paulo e Rio de Janeiro lideraram a flotilha, seguidos por Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília. Além dos campeões, quem chamou a atenção foram os irmãos baianos Gabriel Gusmão de Almeida e Arthur Gusmão de Almeida, que ficaram em quarto e quinto lugares, respectivamente. Os dois sonham em ser campeões mundiais, mas cada um por si. Desde pequenos, a rivalidade sadia entre eles existe, como explicou a mãe Grace Almeida. "Um incentiva ao outro competindo saudavelmente. Eles buscam sempre melhorar e, com pouco tempo de vela, dá pra ver que os meninos têm talento. 
 
Gabriel, de 12 anos, e Arthur, de 14, começaram a velejar por causa do pai que corre de oceano, mas a diversão falou mais alto. "A gente começou a velejar ainda em 2012 e a nossa rotina de treinos é cada vez maior, principalmente nas férias escolares. Um dia espero chegar longe", contou Arthur. 
 
A 41ª edição do Brasileiro de Optimist tem patrocínio do Sistema ANGLO de Ensino - Abril Educação e tem tudo para ser o melhor da história no Yacht Club de Santo Amaro (YCSA), clube responsável pela realização do evento, que tem a supervisão técnica da Confederação Brasileira de Vela e Motor e apoio da Federação Paulista de Vela. 
 
A classe Optimist é uma das mais praticadas na vela mundial por ser uma categoria de introdução à modalidade. O barco de 2,34 metros é fácil de tocar e oferece segurança para a garotada de até 15 anos aprender as principais funções de um monotipo. Além de ser um barco de iniciação à vela e de excelente custo/benefício, o formato impede velocidades elevadas, garantindo, assim, a segurança do Optimist. O veleiro suporta até 60 quilos.

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