Recursos garantem boas expectativas para o hipismo, diz Rodrigo Pessoa

São Paulo - Filho de Nelson Pessoa, o Neco – primeiro grande nome do Brasil no hipismo internacional –, Rodrigo Pessoa também já tem uma história de muitos sucessos no salto. 

 

Para o cavaleiro, os recursos do Ministério do Esporte são importantes para um processo que será longo: “Estamos em uma fase de desenvolvimento para estes próximos três anos, que serão muito importantes, até os Jogos Olímpicos 2016. E os investimentos vão ajudar.” Ele se refere aos três convênios que a Confederação Brasileira de Hipismo tem com o Ministério do Esporte para preparação das seleções olímpicas de salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação, com valores que somam R$ 6,4 milhões.

 

No último domingo (8), Rodrigo Pessoa foi campeão do Grande Prêmio que encerrou o Concurso Internacional de Saltos de Arezzo, na Itália, montando Citizenguard Cadjanine Z. Na sexta-feira (6), o campeão olímpico havia conquistado o título da Copa das Nações de Arezzo com a seleção brasileira, formada também pelo medalhista olímpico Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, que montou AD Uutje; por Marlon Zanotelli, com Clouwni; e por Eduardo Menezes, o Duda, com Calavda.

 

“Saltei com uma égua nova, de 11 anos, que estou montando há apenas dois meses. Assim, realmente conseguimos um grande resultado”, comentou o cavaleiro. “Em geral, estamos superbem, com uma equipe muito boa, todos unidos, animados como conjunto.”

 

“O Duda mora na Califórnia, tem cavalos de proprietário mexicano. É um ótimo cavaleiro e está chegando muito bem à equipe, com boas montarias. O Bernardo [Resende Alves] também está com cavalo novo. São animais em desenvolvimento, que também serão bons”, observa, concordando que “a briga vai ser boa” por vagas na equipe brasileira nos próximos anos.

 

Ainda em setembro, o Brasil estará na final da Copa das Nações (agora com seletivas prévias, em Copas dentro de Concursos Internacionais), em Barcelona, na Espanha. E o resultado em Arezzo garante boas perspectivas para as próximas competições, segundo o cavaleiro.

 

Duas décadas de sucesso - Individualmente, Rodrigo Pessoa foi medalha de ouro no Mundial de Roma 1998, montando Gandini Llanos; e bronze em Kentucky 2010, com HH Rebozo; somou três títulos de campeão da Copa do Mundo – Helsinque 1998, Gotemburgo 1999 e Las Vegas 2000, nestas já com Baloubet Du Rouet –, além de ter sido prata em Gotemburgo 2001, bronze em Leipizig 2002 e novamente prata em Las Vegas 2003. Depois, chegou à medalha de ouro olímpica, de Atenas 2004. Com a equipe brasileira, foi bronze olímpico em Sydney 2000 (com Baloubet) e em Atlanta 1996 (com Tomboy).

 

O Brasil vem se colocando entre os principais países em Copas do Mundo e Mundiais (ou Jogos Equestres Mundiais) por equipes, no salto, nas duas últimas décadas. No Mundial de Kentucky 2010, o país foi quarto colocado, atrás da campeã Alemanha, da França e da Bélgica. Além de Rodrigo, saltaram Pedro Veniss, com Amarillys; Doda Miranda, com AD Ashleigh Drossel, e Bernardo Alves, com Vancouver D´Auvrey.

 

Em Roma 1998, o Brasil havia sido quinto colocado, atrás da campeã Alemanha, da França, Grã-Bretanha e Suíça, com Neco e Rodrigo Pessoa montando, respectivamente, Gandini Baloubet du Rouet e Gandini Llanos; Doda, com Arisco Aspen, e André Johannpeter, com Calei Joter.  Em The Hague 1994, Neco e Rodrigo, com Chouman e Loro Piana Special Envoy, já haviam ajudado o Brasil a ser quarto colocado, ao lado de Luciana Diniz, com Graf Grande, e André, com Cassiana Joter, atrás apenas de Alemanha, França e Suíça. Esse resultado foi um grande passo na melhora de desempenho, se comparado a Estocolmo 1990, quando o Brasil havia sido oitavo, entre 16 países, com Neco e Rodrigo (M&C Vivaldi e M&C Special Envoy); André, com Heartbreaker; e Vitor Alves Teixeira, com Zurkis.

 

E Neco Pessoa? Rodrigo diz que o pai “está ótimo”. “Esteve junto com a gente e vai continuar ajudando tecnicamente. Da experiência dele, sempre vem coisa boa.”