Como legado dos Jogos Olímpicos, Amapá quer fortalecer o tênis de mesa

Caio Silva (ao centro) é uma das promessas do tênis de mesa no Amapá / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Três medalhas nos Jogos Escolares de 2013, disputados em Belém, terceiro colocado na disputa de duplas nos Jogos Sul-Americanos Escolares, em 2010, e campeão juvenil estadual, em 2012. Esses são alguns dos títulos conquistados pelo atleta do tênis de mesa Caio Silva, um dos expoentes da modalidade no estado do Amapá. Aos 17 anos, o mesatenista é uma das apostas do Projeto Amapá Olímpico, iniciativa que conta com o apoio da Federação de Tênis de Mesa do Amapá (FTMA) e tem como objetivo desenvolver a modalidade no extremo Norte do país.

Por meio da estruturação da modalidade no estado, os dirigentes locais buscam contribuir para que os atletas amapaenses representem o estado de origem em competições de nível nacional, visto que muitos acabam se mudando para treinar e competir por outras unidades da federação. “Queremos mostrar para o Brasil e para o mundo o valor e qualidade do povo amapaense. Nossa miscigenação é extremamente favorável à prática esportiva e precisamos trazer para cá políticas públicas capazes de atender com instalações físicas e capacitação de recursos humanos uma demanda reprimida dentro do universo escolar de mais de 700 alunos que escolheram o tênis de mesa como esporte principal”, comenta o presidente da FTMA, Alan Cardoso.
 
Para Caio – que conta com o apoio do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte para custear os materiais de treinos –, a iniciativa já contribuiu para o aumento de praticantes do tênis de mesa no Amapá. “O Norte e o Nordeste têm desenvolvido uma ótima estrutura para o tênis de mesa, além de ter um importante trabalho com técnicos, que é desenvolvido pela federação. Competir pelo estado onde nasci influencia no aumento do número de praticantes de tênis de mesa aqui. Além disso, a visibilidade que a modalidade terá nos Jogos Olímpicos de 2016 também contribuirá para difundir a modalidade no país”, diz o atleta, que tem como ídolo no esporte o mesatenista cearense Thiago Monteiro. “Gosto muito do estilo de jogo dele. Assim como eu, ele joga com a empunhadura clássica”, explica Caio, referindo-se ao modo como os atletas do tênis de mesa seguram a raquete durante a partida.
 
O recente resultado nos Jogos Escolares de 2013, em Belém, apenas concretizou o desempenho de Caio, que já havia participado de mais quatro competições escolares nacionais, conquistando duas pratas em Fortaleza (2010), um ouro em Curitiba (2011) e um ouro e um bronze em Cuiabá (2012).  Até 2016, o atleta promete conseguir mais títulos e intensificar a rotina de treinos para buscar uma vaga para disputar sua primeira competição olímpica. “Os trabalhos irão continuar e todos os meus treinos serão voltados para 2016. Minhas expectativas são as melhores. Chegar lá já é um sonho, e estrear em casa vai ser ainda melhor”, afirma.
 
Investimento nacional
Em 2013, foram firmados quatro convênios – no valor total de mais de RS 9,1 milhões – com a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para o desenvolvimento da modalidade no país. Entre os recursos repassados está o montante de RS 1.789.460,82 para a estruturação de quatro centros de treinamentos da modalidade – em São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo e Santos – e ajuda de custo para sete atletas da seleção brasileira. A parceria também prevê a contratação de comissão técnica, incluindo dois treinadores estrangeiros e a aquisição de equipamentos e materiais para a modalidade.
 
Outro convênio, no valor de R$ 3.493.047,44, prevê a participação dos atletas das categorias adulto e jovem em competições internacionais e sessões especiais de treinamento, em Paris, na França. “Os investimentos foram muito importantes, pois antes treinávamos com material nacional ou material importado que já estava desgastado.  Agora temos a oportunidade de treinar em diferentes materiais. Além disso, pela primeira vez num ciclo olímpico estamos tendo a oportunidade de participar dos principais eventos do circuito mundial e contar com os melhores treinadores e especialistas na área de ciências do esporte”, destacou Alaor Azevedo, presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM).
 
 

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