Bicampeão olímpico Torben Grael se emociona com filha no pódio

Torben Grael observa premiação de sua filha, Martine, ouro na vela / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - Aos 56 anos, Torben Grael não esperava que sua casa receberia mais uma medalha de ouro olímpica, se você o perguntasse há alguns anos. Nesta quinta-feira, na Rio 2016, porém, o ex-velejador se viu obrigado a arrumar um outro espaço para o roll de conquistas da família, depois que sua filha, Martine Grael, conquistou o ouro na classe 49er FX, ao lado de Kahena Kunze. 

Visivelmente emocionado e com o orgulho estampado no rosto, o bicampeão olímpico da extinta classe star (Atlanta 1996 e Atenas 2004) conversou com repórteres presentes na zona mista, após a conquista das brasileiras. Torben valorizou muito sua origem. 

"Isso nos orgulha muito, a gente vem de um clubezinho pequeno lá de Niterói... É muito mais difícil estar aqui, ver ela disputando. Não tinha como ser mais emocionante, ainda bem que acabou com o final feliz", afirmou o ex-velejador.
 
Torben agora atua na parte técnica junto à Confederação Brasileira de Vela, e teve trabalho importante na trajetória da dupla que conseguiu o ouro nesta quinta-feira. "Eu nem tive a oportunidade de falar com ele, nem de dar um abraço direito. Eu só consegui ver que ele estava muito emocionado e eu fiquei emocionada também, porque ele ajudou muito a gente e fez um bom trabalho na Federação", declarou Martine, com os olhos marejados. 

Martine e Kahena têm barco levantado por familiares e amigos após ouro na Rio 2016 / Foto: Clive Mason / Getty Images

Quem também estava eufórica era a mãe de Martine, Andreia Grael. "Foi emocionante. A largada veio mais ou menos igual, aí teve a grande primeira tensão que foi a escolha do lado, e aqui essa raia é bem variável, às vezes a rajada vem da esquerda, às vezes da direita. Então a decisão é muito importante", opina ela, sobre a prova da filha. 
 
Empolgada, tanto Andreia quanto Audrey Kunze, mãe de Kahena, foram ao encontro das duas nadando, na Baía de Guanabara, junto com outros familiares. "Eu já estava confiante e estava vendo que ia dar ouro. Eu pulei na água e nadei até lá, não sei nem onde é que estão minhas roupas, eu peguei emprestado (risos)", conta Audrey. 
 
Sinônimo de determinação e vitórias, a família Grael fica agora mais ligada ainda à vela, no imaginário de todo brasileiro. Para Torben, é algo natural, pois todos amam velejar. 
 
"É uma paixão, é você fazer virar um trabalho. Deve ter outros trabalhos que vão remunerar melhor e dar outras satisfações. Então as coisas têm que ser prazerosas", conclui o pai mais orgulhoso desse dia.
 
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