Scheidt e Prada chegam a Ilhabela para disputar a classe Star na Rolex

De volta à parceria que rendeu duas medalhas olímpicas e um inédito tricampeonato mundial/ Foto: Divulgação

São Paulo - De volta à parceria que rendeu duas medalhas olímpicas e um inédito tricampeonato mundial, Robert Scheidt e Bruno Prada chegam a Ilhabela (SP) nesta sexta-feira (5), para disputar o pódio da Star na Rolex Ilhabela Sailing Week. 
 
Celebrando sua 40ª edição, o evento incluiu a classe pela primeira vez no programa e marca a retomada da dupla Scheidt e Prada em uma competição desde os Jogos de Londres-2012. O primeiro desafio será ir para a raia com apenas dois dias de preparação no litoral paulista. A disputa da Star começa no domingo (7), no Yatch Club de Ilhabela, às 9h45, na Regata Renato Frankhental.
 
"Chegaremos sexta-feira para a regulagem do barco. Será um tempo muito pequeno para treinar. Decidimos competir na raça, mesmo. Sabemos que vamos enfrentar adversários que estão em outro nível, treinados, e são muito fortes", admite Robert Scheidt. Entre os adversários da dupla nas regatas da Star, em Ilhabela, estarão outros campeões e medalhistas olímpicos brasileiros, como Lars Grael, pentacampeão brasileiro da classe, e Reinaldo Conrad. "Será uma disputa muito boa, e poder matar a saudade da Star, voltar a velejar com o Bruno, me deixa muito entusiasmado."
 
Bruno Prada também se mostra empolgado com o desafio da volta à Star, apesar do cansaço acumulado nas últimas competições e treinos. O velejador treinou no Lago de Garda, na Itália, até a última quarta-feira, enquanto Scheidt foi para a Lituânia. "Tenho velejado todos os dias e se não fosse para competir com o Robert, pegaria uma semana de descanso. Mas não velejamos juntos desde a medal race em Weymouth, em agosto do ano passado", lembra Prada antes de revelar como será a preparação da dupla. "Na sexta-feira, vamos priorizar manobras e ajustes do layout do barco. No sábado, faremos um teste de velocidade e ajustes finos das regulagens".
 
Com a indefinição sobre o retorno da Star ao programa olímpico, os velejadores retornaram às antigas classes logo após os Jogos de Londres. Na Laser desde setembro de 2012, Scheidt conquistou o Campeonato Italiano de Classes Olímpicas, o Brasileiro da categoria, seu 12º título nacional, a Semana Brasileira de Vela, em fevereiro, e a Laser Europa Cup, em março. Os resultados somam-se aos dez títulos mundiais, um deles juvenil, além de três medalhas olímpicas (ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000).
 
Bruno Prada passou por um longo processo de readaptação à Finn, durante o qual conquistou a Semana de Vela do Rio de Janeiro e ficou com o bronze na Semana Brasileira de Vela. Prada tem ainda no currículo 45 títulos na Finn entre 1989 e 2004, como o tricampeonato brasileiro (1993, 1997 e 1998), três Pré-Olímpicos (1997, 1998 e 2001) e o bronze nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg/1999.
 
A última competição dos dois, em suas respectivas classes, foi a Semana de Kiel, na Alemanha, encerrada no dia 30 de junho: Robert, patrocinado pelo Banco do Brasil, Prada e Rolex, ficou com o vice-campeonato da Laser, enquanto Bruno, que conta com o patrocínio do Banco do Brasil e Club Athletico Paulistano, terminou em nono lugar na Finn. A disputa na Star, em Ilhabela, ajuda a manter o otimismo da dupla quanto ao retorno da classe para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016. "Nosso sonho é competir na Olimpíada de 2016 no Brasil. Correr de Star é a nossa primeira intenção e vamos esperar que a categoria retorne ao calendário dos Jogos", espera Scheidt.