Líder do ranking, brasileiro critica estrutura de instalação olímpica

Felipe Wu critica luz de arena e espera treinar por lá até Olimpíadas / Foto: Wander Roberto / COB

Rio de Janeiro – A Copa do Mundo de tiro esportivo, realizada no Parque Olímpico de Deodoro como evento teste da modalidade para a Rio 2016, foi alvo de críticas do número 1 do ranking mundial, o brasileiro Felipe Wu, de 23 anos. O melhor atleta do país no esporte reclamou da luz do equipamento.
 
"A iluminação não agradou a ninguém. A gente reclamou, mas não eles podem fazer nada. Foi um pedido da mídia para que a luz não atrapalhe nas filmagens. Então eles mudaram de amarelo para branco a luz dos alvos e não tem o que fazer", relatou o atirador da categoria pistola de ar 10m.
 
Numa modalidade em que a concentração e o campo de visão são dois dos principais pilares para a excelência, a iluminação pode se tornar uma preocupação de fato. Wu destaca que a troca da luz de amarelo para branco demanda alterações também nas armas, nos óculos e nos filtros utilizados pelos atiradores.
 
"O que eu espero é que em julho a gente possa treinar lá. Eu fiquei sabendo que o dono dos alvos não quer permitir isso (os alvos são alugados), mas a minha briga a cada dia é encher o saco todo dia do Comitê Olímpico do Brasil e confederação para que a gente possa treinar lá. Isso vai ser muito importante. A única vantagem que a gente pode ter é essa", explicou o brasileiro.
 
"Eu treinei um dia antes da competição na Copa do Mundo, não estava enxergando bem e não tinha o que fazer. Disputei a competição assim, e outros atletas reclamaram da mesma coisa: um pouco de sombra no alvo, pouca luz no alvo e muita luz no caminho até lá", emendou o atleta, que acabou ficando apenas em 16º na Copa do Mundo.
 
A CBTE (Confederação Brasileira de Tiro Esportivo) e a ISSF (Federação internacional de tiro esportivo, na sigla em inglês) também criticaram a iluminação de Deodoro.
 
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