Felipe Wu destaca vivência olímpica na conquista da prata no Rio 2016

"Mesmo se o atleta não tiver resultado hoje, ele pode ter no futuro", declarou / Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - Na tarde de sábado, dia 6 de agosto, Felipe Wu reescreveu a história do Tiro Esportivo brasileiro ao conquistar não só a primeira medalha do país nos Jogos Olímpicos Rio 2016, como levar novamente a modalidade ao pódio após 96 anos.
 
E para Felipe, parte desta conquista se deve ao fato de ter participado do Projeto Vivência Olímpica em 2012, quando foi para os Jogos Olímpicos de Londres para viver a experiência olímpica fora de competição. Se na capital inglesa Felipe era visto pelo COB como um potencial participante da Rio 2016, a medalha de prata conquistada ontem comprovou essa projeção.
 
"O Vivência Olímpica cumpriu exatamente o que eu queria, que era quebrar o gelo para os Jogos Olímpicos. Tudo o que eu vi aqui, eu tinha visto lá. A grandiosidade da Vila Olímpica e tudo o que pode ter de bom e de ruim durante um evento deste tipo. Tenho certeza que o projeto me ajudou bastante. Qualquer informação que o atleta possa receber, que ele possa absorver o mínimo no final, ajuda e muito", disse. "O Vivência Olímpica tem que ser visto como um investimento. Mesmo se o atleta não tiver resultado hoje, ele pode ter no futuro", reforçou o atirador. 
 
Felipe dormiu somente duas horas após conquistar a prata na pistola de ar 10m. Isso após confraternizar no Espaço Time Brasil e responder todas as mensagens de seus amigos. “Foi uma noite praticamente em claro. A ficha de ter ganho essa medalha já caiu, todo o trabalho foi elaborado para este momento. É a realização de um sonho, mas baseado no trabalho. Não foi por acaso”, afirmou, sereno. "Em nenhum momento pensei que perdi o ouro, e sim que ganhei a medalha olímpica. Tenho o sentimento de dever cumprido. É uma sensação indescritível e fico muito feliz de poder reescrever a história do Tiro Esportivo nos Jogos Olímpicos". 
 
O atirador volta a competir na quarta-feira, dia 10, na pistola 50m, e acredita que a vitória de sábado vai ajudar a popularizar o esporte no país.
 
"Por mais que seja difícil para os pais permitirem uma criança praticar o Tiro Esportivo, eu espero que as Federações e Confederações pensem em como facilitar para que as pessoas iniciem no esporte. Ver qual é a possibilidade do jovem poder começar no esporte. Essa medalha de ontem mostrou que quando se tem um investimento sério, bem realizado, leva a um bom resultado. Não adianta achar que vai cair do céu e que o atleta vai treinar sozinho. Realmente foi um trabalho de longo prazo, todo pensado para chegar até este momento".

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