Medicina Esportiva é um dos principais temas de evento voltado aos futuros médicos

Congresso internacional promovido pela Unifesp debate a especialidade que mais atrai os estudantes / Foto: Divulgação

São Paulo - A Medicina Esportiva encontra-se como uma das áreas médicas mais promissoras graças ao crescimento do incentivo ao cuidado com o corpo e com a saúde. Estuda a influência do exercício, do treinamento e do esporte visando a prevenção o tratamento e a reabilitação.
 
E é exatamente sobre esse tema que em 20 e 21 de outubro a dra. Karina Hatano, médica do exercício e do esporte, debaterá com estudantes vindos do Brasil e de diversas partes do mundo. As aulas serão ministradas durante o BRAINCOMS 2016  (Brazilian International Congress of Medical Students), promovido pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
 
Trata-se da 5ª edição do congresso internacional de estudantes de medicina realizado na América Latina e que acontece de 20 a 22 deste mês, em São Paulo.  
 
A médica, responsável pela saúde e desempenho atlético da seleção brasileira de natação, feminina e masculina, bem como pela criação das diretrizes de prevenção a saúde das confederações de baseball e softball irá comentar a atuação do médico esportivo nos jogos olímpicos mas salienta que a função do profissional não é só dedicada a quem foca o podium.
 
 “O médico do esporte pode lidar com atletas de alta performance como os olímpicos e com indivíduos comuns, não atletas, de todas as faixas etárias. Também atende tanto as pessoas aparentemente saudáveis quanto portadores de males crônico-degenerativos, doença pulmonar obstrutiva crônica (incluindo a asma brônquica), hipertensão arterial, distúrbios coronarianos, osteoporose e obesidade, isso apenas para citar os mais frequentes”, explica a doutora.
 
Karina, que atua como coordenadora das avaliações de clubes para participação esportiva, no Centro de Trauma-Ortopedia da Unifesp (CETE), abordará ainda durante o encontro a importância do papel  dessa especialidade também dentro dos campos.  “Nas competições é o médico do esporte que está mais preparado para resolver uma emergência clínica ou ortopédica do atleta, ou seja, desde ocorrências como traumas, fraturas, luxação, como eventuais problemas cardíacos”.
 
Segundo ela tal médico tem função preponderante também para identificar e tratar os sintomas relacionados à tríade da mulher atleta. “Na mulher precisamos levar em consideração os desequilíbrios energéticos, as alterações hormonais e até disfunções ósseas, que, ao contrário do que muita gente imagina, pode ocorrer já a partir dos 19 anos. A mulher precisa e merece ter uma atenção toda especial para melhorarmos cada vez mais sua performance e garantirmos a sua saúde dentro e fora das quadras”, comenta Karina. E completa “a fisiologia feminina requer cuidados específicos. Por exemplo, nós temos mais chance de romper ligamento cruzado anterior no joelho do que os homens. Daí a necessidade de o especialista ficar sempre atento e programar atividades pensando nessas diferenças”.

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