Estiagem diminui nível da água na Lagoa e pode prejudicar provas de remo

O nível da Lagoa está claramente mais baixo / Foto: Reprodução / SporTV

Rio de Janeiro - Não bastassem os atrasos nas obras olímpicas, a organização dos Jogos de 2016 pode ganhar um novo problema. Isso porque a falta de chuvas no verão carioca tem feito com que o nível de água da Lagoa Rodrigo de Freitas diminua consideravelmente. 

Se o volume de água continuar caindo, o local pode se tornar inviável para os treinos que visam as provas olímpicas em 2016. 

Para se ter ideia, de acordo com alguns atletas, há locais em que o remo acaba ficando preso na água, o que claramente inviabilizaria a realização de competições. 

Outro problema fruto do baixo nível da água é a retirada dos barcos. O espaço entre os tablados de madeira e a água tem se tornado cada vez maior, prejudicando a logística de retirada. 

"Os últimos 250 metros da raia olímpica estão praticamente "irremáveis". Quer dizer, o atleta coloca o remo na água e acaba "enforcando". O remo prende na água fazendo com que o barco tenha possibilidade de virar. Numa competição isso se torna inviável", conta Marcelo Neves, técnico de remo do Vasco, ao canal SporTV. 

De acordo com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o fato de as comportas que abastecem a Lagoa estarem fechadas por conta da obra da Linha 4 do metrô não é o motivo para isso. O problema seria mesmo o nível do mar que está muito baixo. 

"Se ficar 40, 60 dias sem chover, consome-se mais água do que está entrando na Lagoa. Então, a tendência é ela se esvaziar", pontuou o oceanógrafo David Zee. 

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