Seleção de Ginástica Rítmica de Conjunto é pentacampeã

Seleção de Conjunto  / Foto: Ricardo Bufolin / CBG

Toronto - A ginástica rítmica brasileira está encantando nos Jogos Pan-Americanos do Canadá. Com duas apresentações emocionantes, que levantaram o público presente no Coliseu de Toronto, a Seleção de Conjunto conquistou o pentacampeonato da competição, além de garantir vaga nas finais por aparelhos, ambas na primeira colocação. 
 
Pela Seleção Individual, outros bons resultados. Angélica Kviecznski estará em quatro decisões, enquanto Natália nas de arco, maças e fita. As apresentações que valem novas medalhas serão neste domingo (19) e segunda-feira (20).
 
No primeiro dia de provas classificatórias, ontem, o Conjunto garantiu 14,800 pontos nas cinco fitas. Hoje, nos dois arcos e três pares de maças, obtiveram 15,433, totalizando 30,233. A prata foi dos Estados Unidos, com 29,275 no total, e o bronze de Cuba, com 25,692. 
 
Mesmo com as canadenses na disputa, a torcida fez a festa com as brasileiras, que foram muito aplaudidas. A emoção de conquistar mais um título, segundo a técnica Camila Ferezin, que já havia sido campeã como treinadora e como ginasta, é inexplicável. "Esse título tem um gostinho mais do que especial para nós, porque conseguimos superar todas as dificuldades. Essas meninas merecem e todas que estão aqui queriam realmente isso. Elas têm brilho no olhar", enalteceu Camila, que voltou ao ginásio quando a filha, a pequena Maria Clara, tinha apenas um mês de vida. 
 
A emoção foi ainda maior pela equipe ter fechado as disputas de hoje e ainda com uma coreografia bem brasileira - a série faz uma mescla de várias músicas reconhecidas internacionalmente, como Tico-Tico no Fubá. "É uma coreografia muito especial e que está dando certo. As meninas executaram sem grandes falhas e foram lindas. Elas se superaram mesmo. Por termos sido as últimas a se apresentar, a ansiedade aumentou mas a experiência contou bastante. Elas entraram na quadra e souberam lidar com a pressão", explicou.
 
A equipe, formada por jovens de 19 a 26 anos, teve um corte de uma hora. Na véspera do embarque, a capitã Débora Falda sofreu uma lesão na perna e foi substituída por Morgana Gmach. Com a ausência da ginasta, Beatriz Pomini assumiu a faixa de capitã e frisou o quanto estava emocionada. "Esse é o meu primeiro Pan e eu queria muito conquistar esse quinto título para o Brasil. Foi complicado chegar até aqui, mas com muitos treinos e suor a gente conseguiu. Eu nunca tinha sido capitã e adorei a experiência", garantiu a atleta nascida em Cambé (PR).
 
No Individual, mais sete finais para o Brasil. Após as séries de arco e bola apresentadas ontem, as meninas fizeram maças e fita hoje. Nas maças, Angélica levou 14,200 e avançou para a final na sexta colocação, enquanto Natália obteve 13,733 e ficou em oitavo. Na fita, Angélica foi a segunda na qualificatória, com 15,375, e Natália a oitava 13,983. 
 
As notas de hoje foram somadas as de ontem - arco e bola -, e assim definidas as campeãs do Individual Geral. Com 60,175, Angélica foi a quarta melhor e Natália, com 55,916, a oitava. O pódio foi composto pelas norte-americanas Laura Zeng (64,575) e Jasmine Kerber (62,200) e pela canadense Patricia Bezzoubenko (60,399).
 
"A competição está bem difícil. As ginastas dos Estados Unidos e do Canadá estão muito bem. Apesar de não ter conquistado a medalha que eu tanto queria, estou feliz, porque continuo entre as melhores das Américas", lembrou Angélica, que disputa o terceiro Pan. "Eu ainda tenho mais quatro finais e vou lutar por medalhas", completou.
 
No segundo Pan da carreira, Natália destacou o que pretende fazer nos próximos dois dias de decisões. "Nós temos que tentar chegar o mais perto possível da perfeição, porque temos chances de medalhar. Uma pequena falha pode mudar tudo e não queremos isso. Estou confiante", encerrou.
 
 
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