EUA vencem no vôlei feminino e evitam 5º ouro brasileiro em Pans

Norte-americanas superam a Seleção Brasileira por 3 sets a 0 em Toronto e impedem que a equipe repita a campanha de Guadalajara 2011 / Foto: Gaspar Nobrega / Inovafoto

Rio de Janeiro - Não deu para o Brasil. Neste sábado (25.07), a noite no Hall A do Exhibition Centre em Toronto foi dominada pela seleção dos Estados Unidos, que venceu a Seleção Brasileira do técnico tricampeão olímpico José Roberto Guimarães e conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. O Brasil tentava repetir as campanhas de 1950, em Chicago; 1963, em São Paulo; 1999, em Winnipeg; e 2011, em Guadalajara.
 
As meninas do Brasil não conseguiram superar o bom volume de jogo das rivais, que venceram o primeiro set por 25 x 22. No segundo set, o Brasil chegou a estar perdendo por 10 x 4, mas foi buscar, empatou o placar em 12 x 12 e levou o jogo parelho até o final da parcial, quando o time dos Estados Unidos foi superior nos pontos decisivos e chegou a 2 x 0 no placar após fechar em 25 x 21.
 
Na terceira etapa, parecia que o Brasil havia encontrado uma forma de jogar eficaz. As brasileiras chegaram a liderar por sete pontos de diferença e chegaram ao fim do sete com um confortável 23 x 19 no placar. Restavam só mais dois pontos e a parada iria para o quarto set.
 
Mas não foi isso o que aconteceu. O time passou a errar no ataque e viu as norte-americanas empatarem em 23 x 23. O Brasil ainda teve dois set points, mas, no final, a vitória para os Estados Unidos, que fechou o jogo por 28 x 26.
 
O técnico José Roberto Guimarães, que optou vir ao Pan de Toronto para tentar algumas jogadoras e com isso ter a chance de ampliar o leque de opções para 2016, não quis dar entrevistas após a partida. Mas as jogadoras falaram sobre a final e a competição sem qualquer problema.
 
Destaque da equipe brasileira, Camila Brait, que levou três prêmios individuais – melhor líbero, melhor recepção e melhor defesa – disse que trocaria todos eles pelo ouro. Indagada sobre o desempenho das mais novas, Camila elogiou a atuação das companheiras. "Acho que foi muito importante essa divisão de grupo – parte do time disputou o Grand Prix e a outra parte o Pan – porque abriu um leque para o Zé para as Olimpíadas. Ele conseguiu ver todas as jogadoras e foi importante todo mundo ter tido essa oportunidade. Várias corresponderam e agora o Zé vai ter um pouco de dor de cabeça para decidir (o time para 2016)".
 
Fernanda Garay ressaltou todo o empenho do grupo e, como Camila, destacou a doação de toda a equipe durante o campeonato. "Essa medalha de prata foi muito lutada. A gente lutou muito para chegar a essa final. É claro que eu gostaria de ter levado o ouro, mas acho que o saldo foi muito positivo para a gente". Em relação ao desempenho das jogadoras elogiou o decisão de Zé Roberto ter dado chance para as mais novas. "Acho que o objetivo foi cumprido. Todo mundo teve oportunidade e em muitos momentos a gente provou que a força do grupo foi muito grande. Todo mundo entrou, todo mundo participou e contribuiu de alguma forma. Quem ganha é a Seleção Brasileira que tem cada vez mais opções".
 
Sobre o momento dos Estados Unidos, que foi campeão mundial em 2014 e neste ano venceu o Grand Prix e o Pan, as jogadoras do Brasil foram unânimes em ressaltar as qualidades das norte-americanas e aponta-las como a equipe a ser batida no momento no vôlei internacional.
 
 
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