Basquete masculino chega invicto à final

Brasil venceu a República Dominicana 68 a 62 / Foto: Divulgação / COB

Toronto - Foi brigado, suado, tenso. O Brasil está na final do basquete masculino em Toronto 2015, mas para isso teve que passar por uma prova de fogo na tarde desta sexta-feira, 24 de julho. A semifinal contra a República Dominicana foi o jogo mais duro da seleção até o momento, e o placar baixo e apertado está de prova: 68 a 62. Os jogadores brasileiros, que na véspera jogaram contra os Estados Unidos até depois das 23h, tiveram 12 horas de intervalo entre uma partida e outra.

“Não vou falar em cansaço, porque todas as equipes têm a mesma quantidade de jogos. Mas essa é uma variável que deve ser discutida no futuro, em outros Jogos Pan-americanos. Não pode uma partida acontecer 12 horas depois de outra. Assim, não se está respeitando os atletas”, comentou o técnico Rubén Magnano, que elogiou o adversário: “Foi disparado o jogo mais difícil, muito amarrado. Eu já tinha falado, com os jogadores, sobre a experiência e a qualidade da equipe da República Dominicana. Nós, mesmo jogando mal, ainda conseguimos ganhar. E, no geral, ao longo da competição, o Brasil está jogando bem. Todo este trabalho é importante. Estamos avaliando cada atleta não só para 2016, mas também para o futuro do basquete brasileiro”.
 
A República Dominicana conseguiu parar o Brasil em muitos momentos, com uma marcação muito forte especialmente a partir do segundo quarto. Eram raras as situações em que os jogadores brasileiros se viam livres para arremessar, o que exigiu intensa movimentação do time e muita visão de jogo do armador Rafael Luz. Benite, que já havia marcado 64 pontos nos três jogos anteriores, sendo 34 deles apenas algumas horas antes, contra os Estados Unidos, mostrou mais uma vez que está com a pontaria calibradíssima: marcou 18 pontos e confirmou a posição de cestinha da competição até o momento, com 82 pontos em quatro partidas.
 
Logo atrás dele veio Augusto Lima, que além de ter marcado 15 pontos, pegou 11 rebotes, um double double. Numa atuação vigorosa em quadra, o ala-pivô de 23 anos não parecia nem um pouco cansado com a maratona de jogos. Tanto que, nos momentos em que ia para o banco descansar, optava por ficar pedalando uma bicicleta ergométrica, hábito que cultiva também em seu time, a Universidad Católica de Murcia Club de Baloncesto, da Espanha.
 
“É uma opção minha, para manter o aquecimento. Ajuda a não perder o ritmo. Não posso ficar frio porque tenho que me movimentar muito debaixo do garrafão”, comentou Augusto, que não escondeu que só o alto do pódio interessa ao Brasil, que chega à final invicto: “Nosso único objetivo é o ouro”. A final acontecerá na tarde deste sábado, 25 de julho. O adversário do Brasil sairá do confronto entre Estados Unidos e Canadá. 


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