Badminton brasileiro faz história no Pan

Toronto - A Seleção Brasileira de badminton fez história nesta terça-feira (dia 14) nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá. Daniel Paiola e Hugo Arthuso, na dupla masculina, e Lohaynny e Luana Vicente, na dupla feminina, colocaram o Brasil pela primeira vez em uma final da modalidade no evento esportivo. De quebra, o Brasil garantiu três medalhas no badminton, o que faz desta edição a melhor campanha do país em Jogos Pan-Americanos.

“Tudo o que fizemos até agora mostra que o trabalho feito está correto. Em dois anos e meio conseguimos fazer o que não foi feito em 20. O resultado das duplas é fantástico. Não imaginávamos chegar à final no masculino e agora temos chances reais de conquistar o ouro. A dupla feminina era esperada alcançar a decisão, mas uma coisa é ter a expectativa, a outra é acontecer”, afirmou o Superintendente de Gestão Esportiva da Confederação Brasileira de Badminton (CBBd), José Roberto Santini Campos.

As irmãs Vicente derrotaram na semifinal as canadenses Alex Bruce e Phyllis Chan, por 2 sets a 0, parciais de 22-20 e 21-14. Na briga pelo ouro, vão encarar as americanas Eva Lee e Paula Obanana, número 19 do mundo. O duelo será nesta quarta-feira (dia 15), às 15h (de Brasília). Paiola e Arthuso venceram os dominicanos William Cabrera e Nelson Javier, por 2 sets a 0, parciais de 21-13 e 23-21. Na final nesta quarta-feira, às 16h10, eles vão enfrentar os vencedores do confronto entre os americanos Phillip Chew e Sattawat Pongnairat e os mexicanos Job Castillo e Lino Muñoz. O jogo seria realizado ainda na noite desta terça-feira.

 

A cor da terceira medalha do Brasil já está definida. Alex Tjong e Lohaynny ficaram com o bronze na dupla mista. Na semifinal, eles foram superados pelos canadenses Toby Ng e Alex Bruce, 23º colocados no ranking mundial, por 2 sets a 0, parciais de 21-17 e 21-16. O badminton no Pan não tem disputa pelo terceiro lugar. “Não tivemos um desempenho tão bom na mista. Tínhamos ganhado dessa dupla na Copa Sudirman. Era um jogo possível, mas equilibrado. Infelizmente os adversários foram melhores. Mas o bronze é muito importante”, prosseguiu Santini.

 

Até os Jogos de Toronto, o Brasil havia faturado duas medalhas de bronze. No Rio de Janeiro, em 2007, Guilherme Kumasaka e Guilherme Pardo ficaram em terceiro na dupla masculina. Em Guadalajara, no México, em 2011, Paiola faturou a láurea na disputa individual.

As medalhas das irmãs Vicente foram as primeiras do badminton feminino do Brasil na história dos Jogos Pan-Americanos. Lohaynny vai deixar o evento esportivo com duas, enquanto Luana ganhou uma. Paiola é outro atleta que agora vai somar duas láureas na história dos Jogos. Alex e Hugo também garantiram uma cada.

 

“Nossa expectativa era brigar por medalha nas cinco modalidades. Mas na simples feminina pegamos uma chave difícil. Mesmo assim chegamos às quartas de final, um resultado significativo. Na masculina, a derrota do Alex foi inesperada. E o Daniel teve um jogo complicado, em que tinha possibilidade de ganhar, mas não deu”, finalizou Santini.

O bom resultado do badminton brasileiro acontece justamente no ciclo olímpico mais importante na história da modalidade no país. Nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil fará sua estreia na disputa já que tem vaga garantida nas simples masculina e feminina por ser a sede do evento. Por meio do ranking, ainda pode buscar a classificação nas duplas masculina e feminina, além da dupla mista.