Equipe brasileira de nado sincronizado fica em sexto na rotina técnica

Nesta sexta, elas se apresentam na rotina livre, ao som de Ivete Sangalo / Foto: CBDA/Divulgação

Rio de Janeiro - Um lindo dia de sol recepcionou as brasileiras do nado sincronizado para a primeira prova da competição por equipes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no início da tarde desta quinta-feira, 18 de agosto, no Centro Aquático Maria Lenk.
 
Oito países se classificaram para os Jogos, todos com times compostos por oito atletas, que apresentaram a coreografia da rotina técnica, na qual precisam realizar uma série de exercícios obrigatórios. Nesta sexta, 19, ao meio-dia, elas voltam a competir na rotina livre, que definirá a nota final. 
 
Esta é a primeira vez que o Brasil classifica uma equipe para os Jogos – em edições anteriores, só compareceu com o dueto. Duda Miccuci, Luisa Borges, Lara Teixeira, Lorena Molinos, Maria Bruno, Maria Clara Lobo e as gêmeas Bia e Branca Feres conquistaram a maior nota de suas vidas na coreografia “Motoqueiras”, com a pontuação de 84.798 – no Mundial de Kazan 2015, por exemplo, a nota foi 82.937. Isso foi o suficiente para terminarem o dia na sexta colocação, atrás de Rússia, China, Japão, Ucrânia e Itália.
 
“Estou feliz, foi a melhor nadada das vidas delas nessa coreografia. E espero uma nota ainda maior na sexta, porque na rotina livre a gente soltou a criatividade”, disse a técnica Maura Xavier. As meninas também saíram felizes da água depois de se apresentarem ao som do rock “Black Betty”. “Até embaixo d’água, onde não é obrigatório sorrir porque o público e os juízes não veem, a gente estava sorrindo. Treinamos para ter a melhor nadada da vida aqui e conseguimos. O aumento da nossa pontuação mostra a nossa evolução”, comentou Duda Miccuci, 21 anos, que no início da semana se apresentou com Luísa Borges nas provas de duetos.
 
Na rotina livre, a coreografia que será apresentada se chama Carnaval, com a música “Isto aqui, o que é?”, na voz de Ivete Sangalo, madrinha do Time Brasil. “A gente quer mostrar a energia do brasileiro e trazer o público com a gente”, comentou Duda.
 
Única atleta da equipe a já ter participado de Jogos Olímpicos, nos duetos com Nayara Figueira em Pequim 2008 e em Londres 2012, Lara Teixeira destacou a importância da torcida e contou que, como veterana do grupo, tentou ajudar a preparar as meninas psicologicamente para a competição: “eu já sabia que seria épico, um caldeirão no Maria Lenk. O brasileiro é muito caloroso. Essa é minha terceira e última edição dos Jogos Olímpicos. Tentei fazer as meninas se sentirem muito poderosas. Falei que é preciso ter postura, encarar o juiz, mostrar que cada uma de nós é merecedora de estar aqui, de ser uma atleta olímpica. E a gente mostrou”, disse a atleta de 28 anos.

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