Brasil é campeão das maratonas aquáticas em Barcelona

Brasil conquista o título geral de maratonas aquáticas do Mundial de Barcelona / Foto: Satiro Sodré / Divulgação CBDA

Barcelona - O Brasil foi o país campeão da competição de Maratonas Aquáticas no Mundial dos Esportes Aquáticos 2013. A seleção brasileira somou 98 pontos contra 94 da Alemanha e 65 dos Estados Unidos. 
 
Na separação por gênero, Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha fizeram 74 pontos para o time brasileiro e Allan do Carmo e Samuel de Bona (pontuam os atletas até o 12º lugar em cada prova individual) fizeram 24 pontos.
 
Como todas as conquistas do Brasil neste Mundial até o momento, esta também foi com emoção. O título estava prestes a ir para as mãos dos alemães, que na prova de 25 quilômetros venceram a prova masculina (Thomaz Lurz) e ganharam a prata na feminina (Angela Maurer), mas a regra da FINA GR9.8.2 diz que apenas as provas individuais contam para a pontuação do troféu geral, desta forma sem a prova por equipes, o Brasil conquistou o título.
 
O pódio dos 25 quilômetros ficou com Martina Grimaldi (5h07m19s7), da Itália, seguida por Angela Maurer, um centésimo atrás (5h7m19s8), da Alemanha, e Eva Fabian (5h07m20s4), dos Estados Unidos. Ana Marcela (5h07m23s4) terminou na quinta posição. No masculino o alemão Thomas Lurz (4h47m27s0) ficou com o ouro. O belga Brian Ryckeman (4h47m27s4) ficou com a prata seguido pelo russo Evegenii Drattcev, bronze (4h47m28s1). Allan do Carmo foi o quinto com 4h47m30s1. Diogo Villarinho terminou na 15ª posição (4h50m31s3).
 
A delegação verde e amarela ganhou cinco medalhas no tota:, uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze. Isto é muito mais do que o país havia ganho em toda a sua história na competição da FINA, que remonta o ano de 1973. Antes de Barcelona, as maratonas aquáticas tinham uma medalha de bronze com Poliana Olimoto, em Roma 2009, e uma medalha de ouro, com Ana Marcela Cunha, em Xangai 2011. A modalidade fez ainda a atleta brasileira mais premiada da história dos Mundiais dos Esportes Aquáticos, Poliana Okimoto, com uma medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze.
 
Ana, que em Xangai 2011, ficou com o ouro nesta prova, disse que a campanha do país foi inesquecível. "Estou muito cansada, nem estou sentindo o meu rosto ainda, óculos e touca apertados, pena que não veio a medalha, mas tenho que aceitar pois fiz o meu melhor. E agora é aprender, mas na próxima competição, em 2015, o objetivo será os 10km. Estou feliz pela 5ª colocação pois nadei bem e agora no fim tentei dar um sprint, doeu um pouquinho, mas estava muita cansada e não consegui. Acho que dei a volta por cima, já que até então tinha apenas o ouro dos 25km em Xangai e fiquei fora dos Jogos Olímpicos. Independente do 5º lugar de hoje (sáb), o mais importante foi a prata nos 10 quilômetros, prova olímpica, que é a nossa meta para 2015, na seletiva olímpica. Agora vou voltar ao Brasil, ainda tem a etapa da Copa do Mundo no Canadá, o Troféu Finkel, a travessia de Brasília, e tirar uma folga de cinco dias", disse Ana Marcela, empolgada com o desempenho de sua modalidade em Barcelona, "não há como negar, foram cinco medalhas, o que nunca acontecera. Tínhamos o bronze de Roma e o ouro de Xangai, e agora quase triplicamos o que tínhamos antes. O nosso trabalho está muito bom".
 
Allan, que em 2011 ficou com o 6º lugar nos 25 quilômetros, subiu uma posição e já traçou a meta para 2015. "Fiz uma excelente prova. O final foi fortíssimo junto com os grandes atletas da modalidade. Senti que nadei muito bem e a equipe toda está de parabéns. Sinto que estou numa crescente e agora a meta é uma medalha individual no Mundial de Kazan 2015, que classifica para os Jogos Olímpicos Rio 2016", contou.
 
O país das maratonas aquáticas - O resultado das maratonas aquáticas surpreendeu até mesmo aos dirigentes da modalidade. O presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho, e o chefe da delegação e supervisor técnico da CBDA, Igor de Souza, concordam que esperavam um bom resultado, mas foi além do que estava sendo aguardado.
 
"O trabalho do Brasil foi coroado em Barcelona. Tudo isso é fruto de muito esforço, de conversas, planejamento e investimento. Temos as maratonas no mesmo nível da natação na CBDA, com resultados que o mundo reconhece como excepcionais. Nosso objetivo é brilhar nos Jogos Olímpicos em casa", disse Coaracy.
 
Igor de Souza revela qual era a expectativa e quais são as dificuldades e planos para superá-las. "Chegamos com uma previsão de três medalhas. Não importava a cor. O pódio dos 5 quilômetros foi a primeira surpresa para todos. Fomos avançando na competição e, mesmo as provas que não deram pódio, tiveram resultados que apontam para um futuro promissor, pois nossos atletas foram 5º, 6º ou 7º, mas muito juntos dos campeões mundiais, literalmente no pé dos caras. Nenhuma dessas medalhas teria saído sem o Projeto Medalha e o Projeto Olímpico (verbas destinadas pelos Correios). Hoje o Brasil tem um tratamento individualizado e muito específico para cada atleta de ponta. Graças a isso descobrimos que a Poliana, por exemplo, tem intolerância a mais de 10 tipos de alimentos, o que causava o cansaço extremo do Allan e estamos investigando algumas coisas com a Ana Marcela. São exames e profissionais caros. Acho que nossa maior dificuldade é a falta de fundistas (nadadores de longas distâncias em piscina) no país e vamos sentar com o Ricardo de Moura (supervisor da natação) para conversar sobre o assunto", explicou.
 

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