Medalha garantida na areia

Emanuel e Alison passam à final do vôlei de praia e já asseguram, no mínimo, a prata/ Foto: Divulgação

Londres- Nas areias da arena de Horse Guard Parade, o Brasil garantiu sua terceira final olímpica masculina consecutiva no vôlei de praia: com uma vitória por 22/15 e 22/20 sobre Plavins e Smedins, da Letônia, Alison e Emanuel confirmaram presença na partida que decidirá o ouro de Londres 2012. A final está marcada para esta quinta-feira, 9 de agosto, às 17h (horário de Brasília). Os brasileiros, invictos na competição, enfrentarão a parceria vencedora da partida entre os holandeses Nummerdor/Schuil e os alemães Brink/Reckerman, os mesmos que ontem eliminaram Ricardo e Pedro Cunha.
 
Disputando sua quinta edição dos Jogos Olímpicos, Emanuel já garantiu ao menos uma medalha de prata para uma coleção que já conta com o ouro de Atenas 2004 e o bronze em Pequim 2008. Aos 39 anos, o experiente jogador afirmou que mesmo a rodagem não tira a ansiedade para sua segunda final. “Conversei um pouco com o Alison sobre isso. Não adianta a gente achar que uma final olímpica é um jogo qualquer. É uma chance que para muita gente vem uma vez na vida, então teremos que entrar com tudo na quinta-feira contra quem quer que vença o jogo”, afirmou Emanuel.
 
Foi justamente o que ele e Alison fizeram hoje, em apenas 40 minutos. Em especial o capixaba de 2,03m: apesar de pela primeira vez participar dos Jogos, Alison mostrou frieza de veterano para infernizar Plavins e Smedins, fosse com cortadas potentes ou um festival de bloqueios que elevaram para 34 o número de pontos marcados neste fundamento nas cinco partidas disputadas até agora – o maior índice individual de Londres 2012.
 
Depois de fechar o primeiro set sem muitos sustos, contando também com a habilidade de Emanuel nos contra-ataques (o paranaense virou 11 de 20 chances de ataque em toda a partida), os brasileiros deram a impressão de que encerrariam ainda mais rapidamente a segunda etapa. Num contra-ataque de Alison, abriram 15 a 10. Uma sucessão de erros dos brasileiros, porém, permitiu que os letões fossem se aproximando e empatassem o jogo em 20 a 20. Porém, Alison voltou à carga com um contra-ataque e um bloqueio que praticamente devolveu nos pés de Plavins uma cortada.
 
“Foi uma emoção tão grande quando marquei o ponto final que minhas pernas tremeram e eu caí no chão. Naquela hora, passou um filme da minha vida e de todo o esforço que fizemos desde que formamos a dupla, há três anos. Realizamos mais um sonho, mas falta o maior de todos”, afirmou o jogador, cujo estilo intempestivo de jogo se traduziu até na cerimônia em que os jogadores, no início da partida, jogaram bolas para a torcida – a de Alison foi enviada para o alto da arquibancada com um chute digno de jogador de futebol.
 
Depois dos sustos das quartas-de-final, quando precisaram salvar um match-point contra os poloneses Fijalek e Prudel, Alison e Emanuel agora pretendem aproveitar o dia de descanso para recuperar as energias. “Não houve intervalo entre as oitavas e as quartas e eu confesso que me senti um pouco pesado na partida de hoje”, explicou Emanuel.
 
Depois do descanso, ele sabe o que o espera. “Sabemos da responsabilidade que é representar um país com mais de 190 milhões de pessoas, mas a gente gosta disso. Vamos agora estudar e nos concentrar para enfrentar qualquer uma das duplas que venha. Ambas são complicadas, e se os alemães já mostraram ao que vieram, os holandeses também são perigosos. O Schuil foi campeão olímpico na quadra e o Nummerdor foi levantador da seleção”, afirmou.

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