Arthur Zanetti aposta na força da famíília para brilhar em Londres 2012

Após duas semanas de folga para descansar o corpo e a mente, Arthur Zanetti voltou a treinar na segunda-feira, dia 30 de Janeiro, em seu clube, o Serc/Santa Maria, de São Caetano do Sul, no ABC Paulista / Foto: DivulgaçãoSão Caetano do Sul - Após duas semanas de folga para descansar o corpo e a mente, Arthur Zanetti voltou a treinar na segunda-feira, dia 30 de Janeiro, em seu clube, o Serc/Santa Maria, de São Caetano do Sul, no ABC Paulista. Daqui até o meio do ano o atleta vai trabalhar duro para realizar o sonho de conquistar uma medalha nas Olimpíadas de Londres.

A boa notícia para incentivá-lo ainda mais é que, provavelmente, o ginasta vai poder contar com uma torcida mais do que especial na capital inglesa. Está quase tudo certo para o pai Archimedes, a mãe Rosiane, o irmão mais velho Victor e a namorada Juliana viajarem para a Europa com ele.

"Competir nas Olimpíadas é um objetivo alcançado e ter os quatro lá comigo será maravilhoso. Estamos planejando. Se eles forem mesmo, vou ficar ainda mais motivado a competir bem", disse o ginasta, que reconhece a importância desse apoio em sua vida. "Só estou na ginástica por causa deles. Todos estão comigo não só nas horas de felicidade, mas nas de tristeza e dificuldade também." Será a primeira vez que a família o acompanhará fora do Brasil. "Infelizmente, não estamos juntos sempre, porque todos trabalham. Mas nas competições por aqui (em São Paulo) ou em estados próximos, eles costumam ir."

Arthur, hoje com 21 anos, deu seus primeiros passos na modalidade aos 7. Quem está ao seu lado desde o início da carreira é Marcos Goto, seu técnico no Serc e na Seleção. "São 14 anos juntos. O Marquinhos me conhece muito bem e é, também, meu amigo. Só de olhar para mim, ele já sabe na hora se estou tranquilo ou tenso em uma competição. Temos uma relação ótima e isso ajuda muito."

Humilde, Marcos Goto reconhece que os méritos não são apenas seus e faz questão de lembrar a importância da família para Arthur. "É o grande diferencial. Sem o apoio e a cumplicidade de seus familiares, eu não conseguiria nada. Se ele é um atleta responsável e disciplinado, isso se deve, essencialmente, à educação dada pelos pais, que sempre confiaram no meu trabalho."

O talentoso ginasta começou na modalidade sem querer. Observando a rapidez e agilidade do menino em relação aos outros alunos, o professor de educação física da escola em que ele estudava deu a dica para a mãe levá-lo em um teste no Serc. "Era só recreação. Eu brincava de pega-pega, esconde-esconde, coisa de criança mesmo. Quando fui fazer a avaliação no clube, passei, gostei e não saí mais", contou Arthur.

Tornar-se especialista nas argolas, um dos aparelhos mais difíceis da ginástica, também aconteceu naturalmente, após ter se destacado em um requisito básico: força física. "Sempre gostei de fazer força nas brincadeiras. Por isso, acabei me adaptando. Quando tinha uma disputa de flexão de braço entre os meninos da equipe, eu sempre queria fazer mais do que os outros."

Dedicado, o integrante da Seleção Brasileira voltou com o ouro do evento-teste de Londres, disputado no começo de janeiro, quando já tinha conquistado vaga nas Olimpíadas. A classificação veio em outubro do ano passado, com a medalha de prata no Mundial de Tóquio, mesmo resultado obtido nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, em outubro.

"O Arthur é um exemplo a ser seguido, não só em seu clube, mas também na Seleção. É um atleta muito dedicado e disciplinado, que não desperdiça as oportunidades de evoluir nos estágios de treinamento e nas competições. Tenho certeza de que ele fará uma ótima participação nas Olimpíadas e ainda dará muitas alegrias ao nosso esporte", elogiou Luciene Resende, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).

Para subir no pódio nos Jogos Olímpicos, Arthur Zanetti terá três adversários principais. O mais forte é o chinês Ybing Chen, ouro no Mundial com 15.800 pontos, 200 a mais que o paulista. Os outros são o japonês Koji Yamamuro, bronze na competição (15.500), e o italiano Matteo Morandi, prata no evento-teste de Londres.

Primeiro do País a ficar entre os três melhores nas argolas em um Mundial, o ginasta pode deixar seu nome ainda mais marcado na história do esporte mundial, já que a medalha olímpica será inédita para a ginástica do Brasil. "É uma chance real. Então, fico mentalizando que vai dar certo. Será uma satisfação muito grande mostrar que não temos talentos só no futebol e em mais um ou outro esporte."

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