Mesmo sem classificação, handebol masculino está bem representado

Bruno Souza ensaia os primeiros passos como administrador no Programa de Apoio ao Atleta do COB / Foto: Daniel Ramalho / AGIF / COB

Londres - Mesmo sem a classificação olímpica, de certa forma o handebol masculino do Brasil está representado nos Jogos Olímpicos Londres 2012 por sua maior estrela. Depois de encerrar a carreira de atleta, Bruno Souza ensaia os primeiros passos na administração esportiva com um trabalho no centro de operações da Vila Olímpica de Londres, parte de um programa de observação do Comitê Organizador Rio 2016, do qual faz parte desde maio. A transição para a gestão esportiva é trabalhada desde o início do ano, quando Bruno passou a fazer o Programa de Apoio ao Atleta, promovido pelo Instituto Olímpico Brasileiro, espaço de ensino do COB – entre seus colegas estão Adriana Behar, Emanuel Rêgo e Nalbert.

“Meu trabalho aqui é o de um espião autorizado. O objetivo é ajudar a preparação do Rio 2016 com as minhas observações”, conta Bruno, que se alterna entre o centro de operação e o de comunicação da Vila. “Vejo todas as áreas funcionais da Vila: desde os pequenos problemas até a chegada de novos atletas. Estou aqui para acompanhar a ação nos bastidores, aquilo que é feito para que o atleta tenha o máximo de paz e conforto”.

A experiência como atleta é o trunfo de Bruno na nova função. “Sei que existem pessoas extremamente bem capacitadas, mas a vivência como atleta me permite ter um olhar mais cuidadoso para determinadas necessidades que outra pessoa poderia não notar”, afirma.

Com fluência em cinco línguas (português, inglês, espanhol, francês e alemão), graças às experiências no handebol europeu, Bruno afirma que a integração com os competidores é o ponto alto da vila olímpica. O ex-atleta conta que sua nova função foi recebida com entusiasmo pelos antigos companheiros de handebol. “Assim que chegaram, os dinamarqueses vieram falar comigo e foram muito calorosos, gostaram de me ver aqui, assim como os outros antigos adversários”.

Sobre as chances da equipe feminina de handebol na competição, Bruno guarda esperança. “Podemos chegar às semifinais, sim. Nossa equipe tem boa experiência internacional e atravessa um bom momento”, afirma. Com 35 anos e recém-submetido a uma nova cirurgia no joelho, Bruno diz que desistiu do processo de recuperação intensiva para se dedicar ao trabalho nos Jogos de Londres. “Faria apenas mais um jogo de despedida”.

Desde o 1° de julho na Vila Olímpica, o ex-jogador garante que, mesmo longe das quadras, a experiência de fazer parte do ambiente de uma competição que reúne os melhores atletas do mundo em diversas modalidades ainda mexe com ele. “Chegar aqui é emocionante. Ver o hasteamento das bandeiras dos países, o dia-a-dia dos outros atletas, tudo isso é enriquecedor”, comenta.

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