COB adota meta realista, mas espera superar finais em Londres 2012

Carlos Arthur Nuzman falou sobre as metas brasileiras em Londres 2012 / Foto: DivulgaçãoLondres - A quatro meses do início dos Jogos Olímpicos de Londres, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgou quais são os objetivos da delegação que irá representar o País.

 

A meta relativa ao número de medalhas, segundo o que foi traçado pelo órgão, é bastante realista. A expectativa é pelo menos repetir os 15 pódios alcançados há quatro anos, em Pequim, mas superar as finais disputadas naquele ano, equivalente a 41.  Os resultados em 2008 alçaram o Brasil apenas à 22ª colocação no quadro geral de medalhas, seis posições abaixo do que havíamos conquistado em Atenas, em 2004.

Quanto à delegação, a meta é bater na casa de 250 atletas, o que ainda seria ligeiramente menor que o levado para a China. Com este número, os brasileiros ocuparão três prédios na Vila Olímpica londrina. No bloco A irá funcionar a parte administrativa da delegação olímpica, no bloco B o departamento médico e no bloco D ficarão acomodados os atletas e as respectivas comissões técnicas, os quais irão dispor de 44 apartamentos e 314 camas.

A explicação do superintendente executivo do COB para o número menor de atletas está no tempo de preparação após alguns eventos que teriam impulsionado o investimento no esporte olímpico. Segundo Marcus Vinícius Freire, governos municipais, estaduais e federal se uniram às confederações esportivas e à iniciativa privada para angariar mais apoio após o Pan-2007, no Rio de Janeiro, e a escolha da cidade para sediar a Olimpíada em 2016, definida dois anos após os Jogos Pan-Americanos. Toda essa intervenção, no entanto, seria sentida apenas em longo prazo e não teve tanto efeito nos números que o Brasil leva para Londres.

Se por um lado a expectativa de medalhas se manteve a mesma de 2008, por outro a estrutura de apoio cresceu e melhorou. De acordo com o COB, além do trabalho específico de preparação dos atletas, haverão serviços inéditos para os competidores brasileiros, com emprego de novas tecnologias como dart fish, scout, biomecânica e biofísica. Isso porque além do Centro de Treinamento de Crystal Palace, base da delegação antes e durante os Jogos, os brasileiros contarão com outras seis instalações durante a estadia em Londres, para prover melhores condições de treinamento em determinadas modalidades, como taekwondo, boxe, triathlon e maratona aquática. "Estamos sempre procurando evoluir, mudar, buscando seguir o que os melhores países já fazem", constatou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.

Além do planejamento imprescindível de Londres, o Comitê trabalha já na preparação dos atletas que terão chances reais de competir em 2016, quando a expectativa de medalhas do Brasil deverá dobrar. Por isso 16 jovens que não conseguiram a classificação para Londres acompanharão a delegação por aproximadamente cinco dias durante os Jogos, para vivenciar o clima olímpico, acompanhar as competições de sua modalidade, treinar e almoçar na Vila Olímpica. Os atletas serão escolhidos a partir de 27 jovens que o COB vem acompanhando, de modalidades individuais ou duplas.