África do Sul desiste de Rio 2016 por medo de amargar lanterna
Rio de Janeiro – O Comitê Olímpico da África do Sul (SASCOC, na sigla em inglês) anunciou que suas seleções masculina e feminina de hóquei na grama abriram mão da vaga conquistada para disputar os Jogos Rio 2016. O motivo alegado? As equipes não teriam condições de disputar um pódio e se for para vir para o Brasil para amargar lanterna, melhor ficar por lá mesmo.
O jornalista Jaco van der Merwie, do periódico The Citizen, de Johannesburgo, criticou a decisão e apontou diferença no tratamento da modalidade em relação ao futebol. “Depois que se classificaram para o Rio-2016, as jogadoras da seleção de futebol foram tratadas como heroínas, angariaram milhões de rands [moeda local] em contribuições do público, mas se esquecem que elas terminaram em 10º entre 12 participantes nos Jogos de Londres-2012”, escreveu.
“Tanto as seleções de hóquei quanto o time de futebol feminino são medíocres e ambos lutariam para evitar ficar com a ‘wooden spoon’ [lanterna da competição] no Rio-2016”, emendou o jornalista.
Os sul-africanos haviam conquistado as vagas no torneio de hóquei olímpico masculino e feminino depois de vencerem o campeonato continental. O SASCOC queria que a vaga fosse conquistada através da classificação na Liga Mundial, contra as melhores equipes do mundo e não só as da África.
O COI foi contra a decisão e uma campanha na internet pediu apoio de 25 mil pessoas para tentar reverter a posição da África do Sul – no entanto, apenas 16 mil apoiaram a causa.
Desde Atlanta 1996 o hóquei sul-africano marca presença no torneio olímpico, seja no feminino ou no masculino. Desde então, sempre ocupou entre a antepenúltima e última posição após o fim do torneio.
Com a desistência da África do Sul, a Nova Zelândia herdou a vaga no masculino e a Espanha, no feminino.
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