Provas de hipismo são marcadas por histórias divertidas e casos inusitados

A chama se apaga, e os Jogos Olímpicos se despedem do Rio de Janeiro / Foto: David Rogers/Getty Images

Rio de Janeiro - Os Jogos Olímpicos se foram e, em seu lugar, deixaram o legado da experiência e aprendizado. E também muita história para contar. No Complexo Esportivo de Deodoro, onde aconteceram as provas de hipismo, não faltaram casos inusitados.
 
Comecemos pelo grito por “Maria Izabel”, ecoado por diversas vezes da arquibancada durante uma das provas de salto por equipe. Vinha de um homem, que chamava pela mãe, perdida há aproximadamente três horas. Repreendido por seguranças e voluntários, pois o silêncio é exigido durante as competições, o homem sentou-se e pôs-se a chorar. Alguns minutos depois, a mãe foi encontrada e os dois, juntos, abraçados, choraram e emocionaram quem estava ao redor. O caso chamou atenção não somente do público, mas também da imprensa.
 
Bon Jovi, Backstreet Boys, Madonna, Tom Jobim, Abba. O repertório foi bem diversificado durante as provas de adestramento. Animadas, as músicas, em alguns momentos, fizeram os espectadores levantar da cadeira, bater palmas e há quem diz que alguns chegaram a dançar. Diversão não faltou durante a competição também conhecida como o “ballet” dos cavalos.
 
Certamente a mais “fofa” das histórias tem a ver com os mimos que os maiores parceiros de cavaleiros e amazonas receberam no caminho para o Rio de Janeiro e durante as competições. Rufus, o cavalo da amazona britânica de adestramento, Lara Griffith, é um dos maiores destaques nesse quesito. Não dorme e não se acalma sem seu brinquedo favorito: um unicórnio de pelúcia. Já Neville, também da equipe britânica de adestramento, só dorme com sua “chupeta” – um pouco de feno colocado em sua boca para acalmá-lo antes das competições. O cavalo sofre de soluços por nervosismo antes das provas.
 
Ao tentar ser retirado do avião que o transportou ao Rio de Janeiro, um dos cavalos hesitou em sair. E, quando finalmente saiu, parecia um tanto nervoso e agitado. O motivo do estranho comportamento foi logo descoberto: ele não iria para sua instalação sem a presença de seu companheiro de voo. Isso porque cada cavalo divide o contêiner com outro e, assim, acabam fazendo “amizade”.
 
Outro destaque foram as personalidades presentes entre os espectadores durante as competições. O famoso pianista chinês Lang Lang, o rei e a rainha da Suécia, a princesa britânica Ann Elizabeth - irmã do príncipe Charles -, o rei e rainha da Holanda, com seus filhos, e a princesa Benedicte, da Dinamarca, foram algumas das figuras que passaram por lá.
 
No caminho para o Complexo Esportivo de Deodoro, feito de trem, não faltou diversão. Os vendedores ambulantes que circulavam no transporte público fizeram a alegria dos passageiros. Com frases criativas e palavras inventadas em uma mistura de inglês com português, eles faziam de tudo para chamar atenção dos estrangeiros. E conseguiram! Em muitos casos, recebiam muitos sorrisos e até aplausos pela criatividade.
 
Certamente muitos outros casos não contados aconteceram na sede dos Jogos Olímpicos de hipismo e no caminho para lá. Mas deixemos para as próximas Olimpíadas. Ah, se Deodoro falasse...

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