Os cuidados que os cavalos recebem nos Jogos Olímpicos

Atletas equinos da Rio 2016 recebem cuidados veterinários de primeira linha em Deodoro / Foto: Sean M. Haffey/Getty Images

Os melhores atletas equinos do mundo que estão no Complexo Esportivo de Deodoro já estão preparados para ajudar seus parceiros humanos a ganhar as medalhas nas provas de hipismo. Enquanto focam na busca pelas medalhas, eles têm acesso a equipamentos veterinários de alta tecnologia como nenhum outro.
 
Localizados nos estábulos de Deodoro, os 1.000 metros quadrados da clínica veterinária englobam tudo que é necessário para manter os mais de 200 cavalos de 43 países em boa forma e preparados para os Jogos Olímpicos no Rio, por meio do trabalho de especialistas a postos para cuidar de qualquer necessidade de última hora. A clínica também será completamente operacional para os cavalos paralímpicos que virão a Deodoro no próximo mês.
 
Amparada por uma forte equipe de 130 cirurgiões veterinários, anestesistas, especialistas em imagem e profissionais médicos brasileiros e de outras partes do mundo, a clínica inclui tecnologias de última ponta em patologia, endoscopia, radiografia e ultrassonografia, assim como dispensário, equipamentos para realização de cirurgia de emergência e estábulos de tratamento especializados.
 
A clínica oferece cuidados veterinários de rotina e, em caso de emergência, os especialistas estão a postos para oferecerem tratamento aos cavalos. Nova ambulâncias especialmente equipadas para cavalos também estão ao redor do local das provas, caso qualquer um dos animais necessite ser transportado para a clínica. Além disso, uma rede de fisioterapeutas trabalha a todo vapor para manter os cavalos em excelente forma, enquanto as temperaturas dos cavalos e seus suprimentos de água e comida são permanentemente monitoradas por seus especialistas e cavalariços. 
 
Para refrescar - Apesar de os Jogos ocorrerem durante o inverno no Rio, pode haver mudanças bruscas de temperatura, por isso, manter os cavalos refrescados é o foco principal. Os animais reagem ao calor de forma diferente dos atletas humanos, por conta de seu tamanho, mas, assim como no caso dos atletas humanos, é primordial que tenham sua temperatura reduzida.
 
Todos os dias, mais de 46.000 litros de água e 400 kg de gelo, para esfriar a água, são usados no Centro Olímpico Equestre somente para refrescar os cavalos após o treino e competição.
 
Tendas habitacionais com ventiladores, usados tanto para atletas humanos quanto equinos, estiveram disponíveis ao final das provas de CCE e serão disponibilizadas próximas às arenas de treinamento e aquecimento para as provas de Salto e Adestramento, mantendo os atletas mais musculosos da Rio 2016 refrescados. 
 
“A saúde e bem-estar de nossos cavalos é a prioridade máxima durante os Jogos”, disse o presidente da Comissão Veterinária das Olimpíadas e Paralimpíadas, Thomas Wolff. “Muitos de nossos cavalos têm seus próprios veterinários no local, e é ótimo ver como eles ficaram impressionados com nossos equipamentos”.
 
Wolff (65), que vai trabalhar diretamente com a gerente de serviços veterinários das Olimpíadas, Juliana de Freitas (40), é diretor veterinário da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) há 15 anos. Ele integrou a equipe brasileira de veterinários nos Jogos de Seoul e Beijing e atua em São Paulo como especialista de cavalos que participam de competições nas três modalidades olímpicas – Salto, Adestramento e CCE – e corrida.
 
“Nossos cavalos sempre merecem o melhor, e nesses primeiros Jogos na América do Sul, é extamente isso que estão recebendo. Nós sabemos tudo sobre cada cavalo em cada segundo do dia, graças ao nosso sistema de monitoramento, e aos melhores cuidados veterinários do mundo oferecidos a eles. Estamos muito ansiosos em ver a conquista de medalhas e novos recordes olímpicos no Rio”.
 
 

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