Seleção inicia caminho por uma medalha inédita nos Jogos Olímpicos

Seleção Feminina de Handebol inicia caminho por uma medalha inédita nos Jogos Olímpicos / Foto: Bruno Miani/Photo&Grafia/arquivo

Rio de Janeiro - O caminho da Seleção Feminina de Handebol nos Jogos Olímpicos do Rio começa a ser traçado neste sábado (6). A equipe inicia a competição em alto nível em uma estreia contra a atual campeã Noruega.
 
A partida marcada para as 9h30 na Arena do Futuro, dentro do Parque Olímpico, pode ditar parte do rumo que o time irá seguir na competição. Integrante do grupo A, o Brasil irá encontrar ainda outros adversários poderosos já na primeira fase. Depois da Noruega, encara Romênia, Espanha, Angola e Montenegro. 
 
Para passar por todos estes adversários, a preparação da Seleção Feminina foi constante e incansável. Durante todo o ciclo, fez inúmeras fases de treinamento tanto no Brasil quanto na Europa, disputou amistosos internacionais e competições muito equilibradas. É importante lembrar que nesse caminho chegou ao ápice com o inédito título mundial de 2013, colocando-se também entre uma das favoritas a uma medalha olímpica. 
 
Mesmo assim, favoritismo é um palavra que não consta no dicionário do técnico Morten Soubak. Aliás, ele sempre apontou o grande equilíbrio existente entre várias Seleções participantes da Rio 2016, o que torna a corrida para alcançar o objetivo ainda mais árduo. 
 
As palavras de ordem do grupo são trabalho e dedicação. Foi com esses elementos que conseguiu chegar ao título de 2013, por isso, todas as atletas pretendem repetir a receita, desta vez, dentro de casa. "Esse grupo é experiente e já passou por vários Pan-Americanos, vários Mundiais e até mesmo Olimpíadas, mas essa é diferente. É no Brasil, é em casa. Tenho certeza que todos nós estamos senti do isso. Mas é assim, estamos ansiosos, mas estamos felizes e prontos para a competição", disse o técnico. 
 
Como entra em quadra praticamente todos os dias pela manhã, a equipe fez uma preparação diferente para estar quase em um novo 'fuso-horário'. "Há duas semanas estamos com uma rotina diferente, acordando cedo e dormindo cedo, além de treinar sempre no horário do jogo", continuou Morten. 
 
A Noruega foi a respirar sável pela eliminação do Brasil nas quartas de final em Londres, mas para a equipe, esse fato ficou para trás. "Já enfrentamos a Noruega algumas vezes depois de Londres. Acredito que por isso, o lado mental não vai pesar tanto. Foi uma coincidência que o nosso primeiro jogo seja contra elas. Vamos ter outros adversários no nosso grupo que já enfrentamos em outras ocasiões. Essa será uma das edições mais fortes de Olimpíada da história", ressaltou o treinador dinamarquês. 
 
A ponta direita Alexandra Nascimento, eleita a melhor do Mundo em 2012, acredita que nesta edição dos Jogos Olímpicos, o Brasil conseguirá reunir todos os ingredientes necessários para conseguir um bom resultado. "Em Londres faltava para nós mais experiência e saber o que fazer para levar o jogo cadenciado até o final. Acredito que tudo isso que faltava para a nossa Seleção já temos para jogar uma Olimpíada em casa. Agora precisamos colocar em prática na quadra. Não é um trabalho fácil enfrentar a Noruega já no início. Elas nos eliminaram em Londres, quando estávamos fazendo uma campanha maravilhosa. Estávamos esperando muita coisa em 2012, pelo trabalho que vínhamos fazendo. Mas, para mim, não existe uma equipe melhor para pegarmos na estreia. É um adversário com muita bagagem e medalhista em Mundiais e Olimpíadas. Temos que tentar vencer a Noruega e tenho confiança que fizemos um bom trabalho para isso. Estamos preparadas", pontuou. 
 
Alexandra acredita realmente que a presença da torcida vai fazer a diferença. "Vemos a pressão como positiva. Vamos contar com a ajuda da torcida que vai nos apoiar. Temos que jogar com o coração e não esquecer porque jogamos. Vamos nos entregar e deixar que a torcida seja um jogador a mais em quadra."
 
 

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