Paes se recusa a mudar campo de golfe e Justiça decidirá

Campo de golfe, visto de cima / Foto: Reprodução / TV Globo

Rio de Janeiro - O prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou nesta quarta-feira que nem a prefeitura nem a Fiori Empreendimentos, responsável pela construção do polêmico campo de golfe olímpico, estão dispostos a modificar três dos 18 buracos, conforme requereu o Ministério Público do Estado (MPE).
 
De acordo com o MPE, os três buracos impediriam a preservação de uma faixa de 400m na beira da Lagoa de Marapendi. 
 
Para o prefeito, porém, a área onde o campo de golfe está sendo construído não era uma Área de Proteção Ambiental (APA), mas sim uma cimenteira, já degradada. Dessa forma, ajudaria a preservar a área. 
 
"Não há proposta de realocação dos buracos. Você tem que respeitar um padrão olímpico. Estamos discutindo a contestação com o Ministério Público. A gente entende que estamos ganhando área de parque ali. Você está retomando uma área que estava degradada por uma cimenteira", ressaltou o prefeito. 
 
Paes reclamou do desconhecimento das pessoas. "Está acontecendo um show de desconhecimento. Parece que foi destruído um parque para fazer um gramado. Pega o Google Earth. Tem lá uma ferramentazinha que você pode colocar quatro anos atrás. E bota a área atualizada. Vai ver que boa parte daquela estava degradada. Não era uma área de proteção ambiental", defende-se o prefeito. 
 
Ambientalistas discordam e afirmam, conforme ação civil pública do MPE, que o campo de golfe está sendo construído em área de preservação ambiental. A decisão da Justiça deverá sair até a próxima sexta-feira. 
 

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