Influente revista de golfe detona torneio olímpico: "vai ser chato"

Matt Every, atleta que diz não dar a mínima para o torneio olímpico de golfe / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - A inclusão do golfe no programa olímpico, 104 anos após sua última participação, parece não ter animado muito os amantes do esporte. A revista americana "Golf Digest" publicou um artigo bastante crítico, intitulado "Como salvar o golfe olímpico". 

No texto o autor, Shane Ryan, defende que o formato que será disputado no Rio, em 2016, é pouco atraente, porque a classificação por ranking irá limitar os atletas participantes por países, deixando bons competidores de fora. 

A publicação, que é a mais conceituada e lida do mundo sobre golfe, propõe um torneio em que se disputem equipes e não os atletas, individualmente. 

"A verdade é: o golfe está de volta com um formato auto-defensivo que vai certamente resultar em um torneio chato, que não representa status no mundo do golfe profissional. Todo o trabalho duro que a IGF (Federação Internacional de Golfe) está colocando nas Olimpíadas vai fracassar", escreve o jornalista. ,

Conforme a IGF, os 15 melhores do ranking mundial estão credenciados aos Jogos, desde que não se ultrapasse quatro atletas por país. Após o Top-15, até que se alcance 60 golfistas, o limite é de dois jogadores por país. A intenção é democratizar a participação e dar a oportunidade de que nações não tão tradicionais sejam representadas no torneio olímpico da modalidade. 

Entretanto, como bons atletas estão concentrados em poucos países, é bem provável que grandes nomes do golfe fiquem de fora, como o irlandês Graeme McDowell. No caso deste atleta, seu país estaria unificado como Grã-Bretanha e não teria chances de classificação, já que muitos bons atletas galeses e ingleses também buscariam a vaga. Dessa forma, é provável que, por exemplo, o 250º lugar do ranking esteja classificado dentre os 60 atletas olímpicos.