Adiantado, campo de golfe pode ter licença ambiental cassada
Rio de Janeiro - Anunciado como uma das obras mais adiantadas dos Jogos Olímpicos de 2016, o campo de golfe, na zona Oeste do Rio, pode ter sua licença ambiental cassada por estar sendo construído em área considerada reserva ambiental.
Na última quinta-feira o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) impetrou ação judicial contra a cidade e a Fiori Empreendimentos Imobiliários Ltda, responsável pela obra, pedindo a anulação da licença concedida para a obra.
Caso o pedido seja acatado, além da suspensão da licença, a cidade e a empresa responsável precisarão arcar com a recuperação dos prejuízos ambientais sofridos pelas intervenções já realizadas na região.
"Além dessas irregularidades, o MPRJ aponta a existência de vícios no licenciamento ambiental que culminou na obtenção das licenças ambientais, como a alteração do projeto no curso do licenciamento e a postergação de estudos prévios indispensáveis à própria aprovação do projeto para etapas seguintes", elencou o MPRJ por meio de nota.
Já em maio o órgão havia recomendado a suspensão da obra após meses de inércia da ação, que era de responsabilidade da promotora Ana Paula Petra.
Na semana passada o Comitê Organizador da Rio 2016 anunciou que o campo de golfe havia atingido a marca de 59% de conclusão, já com o plantio de grama iniciado em cinco dos 18 buracos previstos para o campo olímpico.