Rumo à sétima Olimpíada, Oksana Chusovitina quer o pódio no Rio

Oksana Chusovitina é retrato da longevidade. Aos 40 anos, chega à sétima edição de Jogos Olímpicos com chances de pódio / Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Rio de Janeiro - Em uma modalidade repleta de atletas ainda adolescentes, a ginasta de 40 anos é a exceção. Engana-se, contudo, quem pensa que a idade se tornou impeditivo para conquistas de Oksana Chusovitina.
 
Confirmada pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) com uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, a uzbeque se prepara para nada menos do que sua sétima edição olímpica. E avisa: quer o pódio.
 
"Estou me sentindo ótima e espero ter saúde daqui para frente para o que quero realizar nos Jogos Olímpicos. Estou olhando só para frente, para competir e ganhar", acrescenta a atleta, medalhista de ouro por equipes nos Jogos de Barcelona, em 1992, quando competiu pelo time unificado da antiga União Soviética. Nas edições de 1996, 2000 e 2004, Oksana representou seu país natal, o Uzbequistão.
 
Um ano antes das Olimpíadas de Atenas, contudo, a ginasta passou a ter a Alemanha como residência oficial. A mudança foi devido a um diagnóstico de leucemia em seu filho, Alisher, hoje com quase 17 anos. Em busca de melhores condições para o tratamento, Oksana e o marido, Bakhodir Kurbanov – que disputou os Jogos de Sydney-2000 na luta olímpica – deixaram o Uzbequistão.
 
"Tive condições na Alemanha para ele ficar no hospital e se recuperar. Sem seguro de saúde, eu teria que juntar muito dinheiro para ele, por isso mudamos para a Alemanha", explica. A cidadania foi obtida dois anos depois, quando Oksana passou a competir pela seleção alemã, por onde disputou as edições olímpicas de Pequim-2008 – levando a prata no salto – e Londres-2012. "Com a cidadania, recebi o seguro de saúde para ele. Agradeço o mundo inteiro porque todos me ajudaram e agora meu filho está ótimo, jogando basquete", conta.
 
"O evento mais marcante da minha vida foi quando voltei das Olimpíadas de Pequim e recebi a notícia de que meu filho estava bem de saúde", relembra. É também em relação a Alisher, e não à ginástica, que ela traça seu grande sonho. "A maior meta da minha vida é ver meu filho crescer e ser feliz", diz Oksana. Por causa da escola, contudo, ele não poderá ver a mãe em ação na Arena Olímpica do Rio em agosto.
 
Abertura - Ainda morando na Alemanha, a veterana voltou a representar o Uzbequistão. Quando questionada se gostaria de ser a porta-bandeira do país, ela comenta que a festa poderia atrapalhar o descanso necessário para a disputa olímpica, já que a ginástica está agendada para começar em 6 de agosto, um dia depois da cerimônia de abertura. Oksana já sabe, porém, quando poderá exibir seu país ao público. "Quando eu pegar a minha medalha, vou carregar a bandeira do Uzbequistão", brinca.
 
Nesta segunda-feira (18.4), Oksana conquistou a medalha de prata na final do salto durante o evento-teste para os Jogos Olímpicos. Com 14.716 pontos, a uzbeque ficou atrás apenas da indiana Dipa Karmakar (14.833), seguida pela australiana Emily Little (14.383). Na mesma prova, a brasileira Daniele Hypolito terminou em quinto lugar, com 14.049 pontos.
 
 
 

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