Em reestreia no individual geral, Sasaki adianta: “São esperados erros e acertos”

Sasaki espera desempenhos ainda irregulares após um período de recuperação de lesões / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - Em 2012, o Brasil viu, pela primeira vez, um ginasta alcançar uma final do individual geral nos Jogos Olímpicos. Naquele ano, Sérgio Sasaki conquistou o inédito 10o lugar para o país, provando um elevado nível técnico nos seis aparelhos da ginástica artística masculina.
 
Em 2013 e 2014, o atleta manteve o bom desempenho e alcançou o quinto e o sétimo lugar, respectivamente, no individual geral dos campeonatos mundiais. No ano passado, porém, duas lesões – no joelho direito e no bíceps direito – tiraram Sasaki das competições, incluindo os Jogos Pan-Americanos e o Mundial de Glasgow.
 
De longe, e mesmo sendo o favorito do país para o posto de “generalista”, ele viu os companheiros de seleção conquistarem, na Escócia, uma vaga por equipes para os Jogos Olímpicos do Rio. Foi apenas no último mês de março que Sasaki voltou às competições, em Stuttgart, na Alemanha. Lá, contudo, o ginasta se apresentou em apenas três aparelhos: cavalo, paralelas e barra fixa.
 
Nesta semana, no Rio de Janeiro, o grande objetivo do atleta é voltar ao individual geral. Sasaki disputa o evento-teste da modalidade, na Arena Olímpica do Rio, e garante não se preocupar com nada além do próprio retorno. “Eu não estou me preocupando com resultados ou notas. Quero passar bem na competição. Vai ter um pouco de falhas, mas esse é o caminho pelo qual tenho que passar até voltar ao ritmo de competição. Ainda tenho mais duas ou três competições (até os Jogos), aqui é a primeira que vou competir no individual geral para pegar o ritmo de volta”, comentou o ginasta, após o treino de pódio desta quinta-feira (14.4).
 
Voltar, porém, não é das tarefas mais simples. “A volta é difícil. É como um jogador que acaba se machucando e é difícil voltar de uma vez só”, compara. “A ginástica é mais específica, então não espero uma competição do nível que eu tinha antes, fazendo 89 ou 90 pontos, mas eu estou voltando. Isso faz parte da minha preparação”, acrescenta.
“São esperados erros e acertos. Eu vou conforme a equipe técnica planejar para chegar bem às Olimpíadas. Aqui é uma preparação e, se Deus quiser e eu estiver dentro da equipe, quero competir bem”, planeja o ginasta. A configuração da equipe brasileira para os Jogos só deverá ser definida no fim de junho.
 
Momento - Mesmo diante do bom retrospecto de resultados e da sua importância para o elenco brasileiro, Sasaki admite a incerteza sobre estar ou não no grupo selecionado. “Não estou nem pensando tanto na Olimpíada, e sim na minha volta. Quero uma coisa de cada vez. Não quero me colocar dentro da Olimpíada porque tem atletas do mesmo nível na equipe e que estão até melhores do que eu no momento”, acredita. “A ginástica é de momento. Posso estar mal ou amanhã fazer 89 pontos. Se eu estiver num momento bom, que eu vá para a Olimpíada”, sentencia.
 
Até lá, o atleta passa as suas séries por uma revisão, que poderá ser avaliada após a competição deste sábado (16). “Eu planejei algumas séries. No solo não vai dar para mudar muito, vai continuar com a mesma nota de partida. Vou tirar uma diagonal, colocar mais coisas que não cansem tanto a minha perna, mas que ajudem a série”, explica. “Na paralela já tem uma mudança agora, com elementos que eu não tinha antes. Na barra estamos estruturando uma série nova, com uma largada a mais. Então teremos mudanças em alguns aparelhos, mas não tão grandes”, completa.
 
Em relação às dores das lesões, Sasaki diz sentir alguns “resquícios”, mas nada que chegue a atrapalhá-lo. Durante o treino de pódio desta quinta, o atleta começou os exercícios pela barra fixa, passando, em seguida, para o solo, o cavalo com alças, as argolas – em que terá a companhia de Arthur Zanetti –, o salto e, por último, as barras paralelas.
 
 
 

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