Prefeitura do Rio lança edital para obras e operação do Centro do Tênis do Rio 2016

Bellucci faz partida equilibrada, mas é eliminado por Tsonga em Londres 2012 / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - A Prefeitura do Rio de Janeiro lançou nesta terça-feira (16.07) o edital de licitação para a construção e a operação do Centro de Tênis dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio 2016. A instalação vai compor o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT) para atletas de alto rendimento, principal legado esportivo dos Jogos para a cidade e o país. 
 
O governo federal vai transferir ao Município R$ 182,7 milhões para as obras e serviços, conforme acordo de cooperação técnica assinado entre o Ministério do Esporte e a Prefeitura em maio de 2012. Os recursos, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), serão repassados pela Caixa Econômica Federal.
 
Do total previsto, R$ 139,9 milhões serão aplicados nas obras de construção das estruturas permanentes; R$ 29,7 milhões, nas estruturas temporárias; e R$ 13,1 milhões no desmonte das estruturas temporárias, na operação e manutenção do Centro de Tênis antes, durante e depois dos Jogos.
 
O edital inova ao prever não só a construção, mas também a operação do equipamento até maio de 2017, oito meses após o término, em 18 de setembro de 2016, dos Jogos Paraolímpicos. A proposta de garantir a operação da arena foi apresentada pelo Ministério do Esporte, que vem trabalhando em estreita parceria com a Prefeitura.
 
As definições do uso da instalação durante e após os Jogos também constam no edital. O Centro de Tênis será composto por oito quadras permanentes, que ficarão como legado, e oito provisórias. A opção por construir também estruturas provisórias visou à otimização da relação custo-benefício, já que essas quadras ficariam sem uso após os Jogos mas implicariam gastos futuros com manutenção, parte relevante dos custos de uma instalação esportiva.
 
O Centro de Tênis terá uma quadra principal permanente, com 10 mil assentos; uma temporária, com cinco mil lugares; e outra com três mil lugares que permanecerá após os Jogos sem as arquibancadas. Haverá ainda 13 quadras descobertas: sete delas (sendo seis permanentes), com 250 lugares cada, serão usadas para disputas de partidas. As outras servirão para treinamento e aquecimento.
 
O complexo receberá as competições de tênis, nos Jogos Olímpicos, e tênis em cadeira de rodas e futebol de 5, nos Jogos Paraolímpicos. Após 2016, a quadra principal e outras sete  farão parte do COT. Nessas instalações também será possível realizar competições do circuito internacional de tênis.
 
Otimização de custos - A construção e a manutenção do Centro de Tênis consideram três principais critérios: economicidade, simplicidade e praticidade. Esses conceitos – que estão sendo aplicados em todas as instalações esportivas a serem erguidas no Parque Olímpico da Barra da Tijuca – nortearam premissas como a de privilegiar a locação de equipamentos, em vez de compra, no caso de instalações temporárias, e a especificação de materiais e acabamentos.
 
Uma das medidas mais importantes para reduzir custos é a padronização dos materiais a serem usados no Centro de Tênis e em  outras três instalações (Centro de Esportes Aquáticos, arena de Handebol e Velódromo) que serão construídas no Parque Olímpico da Barra com financiamento federal. Entre os itens, estão louças sanitárias e metais, além de outros materiais de acabamento. 
 
O mesmo princípio da economicidade foi adotado para itens comuns de tecnologia, como placares: padronização e aluguel de tudo o que não for absolutamente necessário comprar ou que possa ficar defasado tecnologicamente.
 
Alguns itens que serão alugados estão previstos na licitação, como as arquibancadas das quadras temporárias e elevadores das quadras de três mil e de cinco mil lugares. O restante dos itens de aluguel são as chamadas instalações complementares, que serão providenciadas pelo Comitê Rio 2016, mais perto da realização dos Jogos, como placares, telões, geradores, aparelhos de ar- condicionado, banheiros temporários, mobiliário e computadores.
 
Também está sendo privilegiado, nas arenas temporárias, o uso de estruturas tubulares, mais baratas, e  a substituição das fachadas pela identidade visual dos Jogos.
 
Obras, manutenção e recursos - O projeto básico do Centro de Tênis – assim como os do Velódromo, da Arena de Handebol e do Centro de Esportes Aquáticos – já foi concluído. O projeto executivo está em fase de finalização e estará pronto no início das obras. Esses projetos foram licitados e estão sendo custeados pela Prefeitura.
 
Em relação ao Centro de Tênis, o vencedor da licitação para a elaboração dos projetos básico e executivo, em dezembro do ano passado, foi o Consórcio 2016 – Especialistas em Eventos Esportivos, formado pelas empresas GMP Design e Projetos do Brasil Ltda., SBP do Brasil Projetos Ltda., LUMENS Engenharia Ltda. e Sustentech Desenvolvimento Sustentável Ltda. Os estudos preliminares foram elaborados pela AECOM, empresa vencedora do concurso internacional que escolheu a empresa responsável pelo  plano geral urbanístico do Parque Olímpico da Barra, em agosto de 2011. 
 
Além do Centro de Tênis, o Centro de Esportes Aquáticos, a Arena de Handebol e o Velódromo serão construídos por meio de cooperação entre o Governo Federal e a Prefeitura. As arenas permanentes terão certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), sistema que visa a promover a sustentabilidade de edificações, reduzindo os impactos causados no meio ambiente.
 
A União aportará os recursos para essas quatro instalações do Parque Olímpico da Barra que não foram contempladas na Parceria Público-Privada (PPP) licitada pela Prefeitura em março de 2012. A PPP viabilizou parte importante do projeto que, no Dossiê de Candidatura, era responsabilidade exclusiva do Governo Federal.
 
Estão no escopo da PPP toda a infraestrutura do Parque e sua manutenção por 15 anos, a infraestrutura da Vila dos Atletas e a construção de um hotel, do Centro Internacional de Transmissão (IBC), do Centro Principal de Mídia (MPC) e de três pavilhões esportivos.