Isabel Clark completa 100 largadas no circuito da Copa do Mundo de Snowboard

Bulgária - Passadas as etapas de Montafon (Áustria) e Solitude (Estados Unidos), Isabel Clark vive nesta semana, talvez, a parada mais “curiosa” e marcante da Copa do Mundo de Snowboard Cross na temporada.

 

Na última quinta (02), em Bansko (Bulgária), durante a qualificatória para as finais a rider brasileira encarou uma pista completamente reta, que demandou apenas 22.68 segundos para ser percorrida. Além disso, com a disputa nas finais deste sábado (04), a atleta completará 100 largadas em provas de Copa do Mundo de Snowboard.

 

Com 99 largadas na carreira, dezesseis anos depois, a carioca Isabel Clark rememora Tignes (França), quando disputou pela primeira vez uma prova de Slalom Gigante da Copa do Mundo de Snowboard, no dia 19 de novembro de 2000. De lá para cá, a atleta só não esteve presente nas edições de 2007 e 2015, temporadas posteriores aos Jogos de Inverno de Turim 2006 e Sochi 2014 em que disputou apenas os Campeonatos Mundiais.

 

“Estou animada com as finais aqui de Bansko. Será um dia especial na minha carreira pois completo 100 largadas em copas do mundo de snowboard. Sei que é somente um número, mas tem o seu significado”, ressaltou Clark.

 

Dinâmica, a pista de Bansko, que adota o estilo sprint e não conta com banks turns, curvas características de percursos da disciplina, é uma novidade no circuito da Copa do Mundo. Classificada na 23ª colocação, a menos de dois segundos da líder Eva Samkova, que atingiu o tempo de 21.23 segundos, a rider brasileira comentou o formato.

 

“Em geral, os atletas estão gostando, inclusive eu. É bom variar o formato. A tática muda, a exigência e a perfeição aumentam, pois não há tempo para recuperar. Não é necessário aplicar técnica de curva. O principal é manter a prancha completamente plana o tempo todo, acelerar nos módulos da partida e ter suavidade nas aterrissagens”, pontuou Clark.

 

Com pequena pausa para descanso nesta sexta (03), Clark se reunirá com seu técnico Iván Fuenzalida e a fisioterapeuta Jacqueline Poffet para traçar os últimos detalhes para as finais e se recuperar fisicamente. Além dos dois, o Brasil trabalha em parceria com o treinador argentino Max Cataldi para dar o melhor suporte possível para a atleta na Bulgária.

 

“Temos um dia de intervalo para preparação com foco nas finais. Nas finais, o equilíbrio e o eixo do meu corpo terão que estar perfeitos durante a descida e, ao mesmo tempo, com a aplicação dos movimentos verticais necessários para acelerar e amortecer as aterrissagens”, afirmou.

 

Isabel Clark larga neste sábado (04) na quarta bateria das quartas ao lado de outras cinco atletas. Para avançar às semis, a rider precisa ser uma das três melhores em sua bateria.