Convênio garante experiência internacional na esgrima de olho no Rio 2016

Gaúcho Guilherme Toldo, de 19 anos, comemora a classificação para Londres / Foto: Divulgação

São Paulo - “A esgrima é um esporte de combate. Treinar com atletas de países da Europa é importante para melhorar o nível de competição dos brasileiros”. A afirmação é do atleta Renzo Agresta, o brasileiro mais bem colocado no ranking internacional da modalidade.
 
 Além de ter sido sete vezes campeão brasileiro, duas vezes campeão pan-americano e eleito sete vezes o melhor atleta do ano na modalidade, ele representou o Brasil em três Olimpíadas consecutivas. No caminho até 2016, o esgrimista contará com o apoio de um convênio entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Esgrima (CBE).
 
O valor do repasse do Ministério para a CBE é de R$ 1,1 milhão e atenderá nove atletas das seleções brasileiras masculina e feminina de sabre, florete e espada. Além de Renzo, Guilherme Toldo, Fernando Scavazin, Heitor Shimbo, João Souza, Rayssa Costa, Athos Schwantes, Tais Rochel, e Karina Lakerbai. Os recursos proporcionarão experiência internacional em estágios e nas principais competições da temporada de 2014 – o segundo ano do ciclo olímpico –, visando melhorar a classificação dos brasileiros no ranking mundial.
 
Os atletas ganharão o suporte financeiro durante competições internacionais, como os Jogos Sul-Americanos, que acontecem em março do próximo ano, no Chile, o Campeonato Pan-Americano e o Campeonato Mundial. Os recursos custearão os gastos com passagens e hospedagem dos atletas. “Algumas competições ocorrem anualmente e contam pontos para o ranking. É fundamental a participação dos nossos atletas a fim de buscar pontuação, já que a classificação define os nomes que estarão nos Jogos Olímpicos”, explica o vice-presidente da CBE, Ricardo Machado.
 
“Para qualquer atleta de alto rendimento, em qualquer esporte, é importante a permanente atuação junto aos melhores de sua modalidade, participando de competições e treinamentos diversos. O convênio, embora contemple apenas parte de nossa equipe principal, possibilitará que nossos atletas tenham essa vivência indispensável para quem pretende evoluir dentro de um planejamento de médio e longo prazo”, completa Machado.
 
Para o sabrista Renzo Agresta, o planejamento da confederação vem ao encontro dos objetivos dos atletas. “Com o apoio destes recursos, vamos fazer todo o possível para que possamos chegar à nossa meta de buscar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio 2016”, destaca. Segundo ele, os investimentos na modalidade revelam a preocupação em firmar ações que ultrapassem os resultados em Jogos Olímpicos. “Investir no atleta é investir também no Brasil. O investimento traz mais do que apenas medalhas, porque também contribui para construir uma cultura do esporte no país”, diz.
 
Investimentos na esgrima - Para construir um legado pós Jogos Olímpicos na esgrima, o apoio do governo federal tem sido constante. Em 2011, o Ministério do Esporte firmou convênio com a CBE para a aquisição de materiais e equipamentos para os atletas da modalidade. O repasse foi de R$ 1,2 milhão. O material foi importado da Alemanha e destinado a federações e clubes que treinam os atletas da modalidade, como o Pinheiros, em São Paulo; a Sogipa, em Porto Alegre; e a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro.
 
Entre os materiais adquiridos com os recursos do convênio estão pistas de alumínio, aparelhos de sinalização de toques com monitor, carretel de conexão entre os esgrimistas e o sinalizador, cronômetros e balanças digitais, além de kits completos de roupa, máscaras, luvas, protetores, coletes, armas e ponteiras para florete, sabre, espada. “Esse material já está sendo entregue em parcelas para os nossos atletas”, destaca o vice-presidente da confederação, Ricardo Machado. O material dará suporte aos treinos de 48 atletas de alto rendimento e aos jovens da categoria de base.