Mundial Júnior visa incentivar brasileiros a gostarem de remo

Evento será realizado entre os dias 5 e 9 de agosto / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - O Brasil está aproveitando o Campeonato Mundial de Remo Júnior para fazer o Rio de Janeiro descobrir um dos esportes mais tradicionais da cidade. Em meio a 563 atletas de 54 países no Evento-Teste para os Jogos Olímpicos Rio 2016, na Lagoa Rodrigo de Freitas, estão seis barcos brasileiros, com remadores até 18 anos.

“Um evento desse aqui no Rio de Janeiro é muito importante para a disseminação do esporte no país. É muito bom contar com o apoio da torcida, ver as arquibancadas cheias. Quem sabe um menino que está vendo as competições hoje não pode se tornar um campeão mundial daqui a 10 anos?”, explica Paulo Vinícius de Souza, da comissão técnica da Seleção Brasileira.
 
As meninas do primeiro Four Skiff Feminino Júnior do Brasil a participar de um Mundial concordam. O quarteto formado por Isabella Ibeas, Maithê Martins, Juliana Alipio e Gabrielle dos Santos quer aproveitar ao máximo a experiência, de olho na preparação para as Olimpíadas de 2020.
 
Atleta do Esporte Clube Pinheiros, Maithê – que iniciou seus treinamentos na Fundação Bradesco há apenas três anos – ressaltou a participação do quarteto na competição.
 
“É muito bom estar aqui. A ficha ainda não caiu que estamos competindo no Mundial. É muito importante ter essa experiência para as competições dos próximos anos. O evento está muito legal, todos os países estão adorando a Lagoa”, declarou a remadora de 16 anos, após a participação nas baterias preliminares, na manhã desta quinta-feira.

O melhor resultado do dia para o Brasil foi do Four Skiff Masculino, formado por Anderson Luiz Vecchia, Bernardo Boggian, Daniel Afonso da Silva e Lucas Ferreira. Com o tempo de 6m01s87, o quarteto superou russos, mexicanos, americanos e dinamarqueses na segunda bateria da categoria e garantiu presença nas semifinais da competição, nesta sexta-feira, com disputas a partir de 8h30. 

“Estamos muito felizes com o resultado, soubemos lidar com o nervosismo. Mas não podemos tirar o pé do chão, ganhamos apenas a eliminatória. Agora o objetivo é ir forte nas semifinais, para depois pensar em medalha. Temos consciência de que podemos evoluir. As equipes da Grã-Bretanha, Ucrânia e Alemanha sempre vêm muito fortes na competição. Eles sempre são favoritos. O evento está muito bom", disse Bernardo Boggian, que assim como seus companheiros de barco, ainda está no segundo ano de Júnior e continuará na categoria no ano que vem.

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