Ana Sátila fica em sexto no Aquece Rio

atleta brasileira demonstrou que brigará por medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e que está na elite do K1 Feminino / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Ana Sátila garantiu o sexto lugar da final do K1 Feminino do Evento-teste Aquece Rio de Canoagem Slalom que aconteceu no Complexo Deodoro, no Rio de Janeiro. Na final, a canoísta iniciou a disputa, mas levou uma penalidade fazendo seu tempo final ficar em 160.99 segundos. “Eu estava confiante, estava em um bom ritmo, mas infelizmente hoje não deu”, comentou Sátila. Para Ettore Ivaldi, treinador da equipe brasileira, a Canoagem Slalom não é uma matemática exata e penalidades como essa podem acontecer com qualquer atleta. Para ele a canoísta mostrou nessa competição o seu potencial. “Ana vai brigar por medalha ano que vem nos Jogos Olímpicos”, afirmou Ettore.
 
Na semifinal a canoísta fez o quarto melhor tempo com 114.26 segundos cometendo apenas uma penalidade, mesmo competindo com muito vento, o que movimentava as balizas, aumentando a dificuldade. “Tive que ter atenção redobrada e olhar ponto a ponto com cautela”, explicou Sátila. Agora o foco da atleta é pensar na temporada 2016. “Teremos várias competições e também a mais importante os Jogos Olímpicos. Sei que será um ano de muito trabalho e vou me dedicar ao máximo para trazer bons resultados”, disse. Na final o ouro ficou com a austríaca Violetta Oblinger-Peters com 105.77, a prata com a tcheca Katerina Kudejova (107.56) e o bronze com a espanhola Maialen Chourrat.
 
No K1 Masculino foi o francês Mathieu que garantiu o ouro com o tempo de 91.77  segundos. A medalha de prata foi para o alemão Sebastian Schubert (93.89s) e o bronze foi para outro francês, Sebastien Combot (94.48s). O brasileiro Pedro Gonçalves não conseguiu passar da semifinal. O atleta passou por fora da baliza número 15 e por essa penalidade levou 50 segundos em seu tempo final. Para ele agora é a hora de focar na temporada 2016 e principalmente garantir sua participação nos Jogos Olímpicos. “Vamos continuar trabalhando cada dia mais forte e o fator de competir em casa vai ajudar bastante. Será muito importante para que a equipe conseguir chegar ao pódio olímpico” disse Pepe.
 
Segundo o treinador Ettore Ivaldi a França mostra sua força com dois atletas no pódio nessa categoria. “Tivemos uma equipe francesa muito forte, mas nos Jogos Olímpicos somente um estará na disputa. Não dá para prever um resultado, existem vários países muito fortes na categoria”, explicou.
 
O inglês David Florence levou a medalha de ouro no C1 Masculino ao completar o percurso em 105.17 segundos. A prata foi para o Japão com Takuya Haneda (106.29s) e o Canadá ficou com o bronze (106.95s) com Cameron Smedley. “A grande surpresa nessa disputa foi que o esloveno Benjamin Savsek e o eslovaco Matej Benus não passarem para a final. Mesmo assim eles são favoritos a conseguir medalha ano que vem” explicou Ettore. Ambos os atletas citados pelo treinador tiveram a penalidade máxima (50 segundos) ao não passar pela baliza dez e nove, respectivamente.
 
A prova pelo C2 Masculino foi realizada debaixo de muita chuva, mas nada impediu a dupla eslovena formada por Saso Taljat e Luka Bozic de levar o ouro depois de percorrer os 250 metros do canal em 108.02 segundos. A prata ficou com os britânicos David Florence e Richard Hounslow (111.60s) e o bronze com os russos Mikhalie Kuznetsov e Dmitry Larionov (112.06s).
 
Atletas internacionais aprovam o Canal
 
O atual campeão olímpico e bicampeão mundial no K1 Masculino, o italiano Daniele Molmenti, teceu elogios à nova pista de Canoagem Slalom do Brasil: o Canal Rio no Complexo Esportivo de Deodoro. Para ele a estrutura construída está excelente, e em sua avaliação a pista tem suas particularidades que exigirão muita atenção dos canoístas. “Depois de uma semana de treino aqui percebi que a água é muito rápida. Não tem um espaço para relaxar. É preciso estar concentrado, pois a pista exige muito treino físico e psicológico do atleta” comentou.
 
Para a australiana Jessica Fox, atual campeã mundial Sênior e Sub-23 no K1 Feminino, o canal está muito bom. Ela disse que não vê a hora de conseguir a classificação para os Jogos Olímpicos e poder competir aqui. “Gostei muito deste canal, penso que está excelente. Quero muito remar aqui nos Jogos Olímpicos, creio que ele também vai atrair muitos jovens para o esporte com este local”, comentou a atleta que esteve como espectadora no Evento-teste.
 
Legado para a Canoagem Slalom
 
A Canoagem Brasileira já conta com uma das melhores estruturas do continente para a prática de Canoagem Slalom com o Canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, onde a Equipe Permanente treina desde 2007 através da parceria entre a Itaipu Binacional e a Confederação Brasileira de Canoagem. Lá é desenvolvido o projeto social “Meninos do Lago” que atende mais de 100 crianças e adolescentes carentes e forma atletas para o esporte.
 
Com a chegada do Canal Rio agora o Brasil terá dois canais artificiais com a mais alta tecnologia existente no esporte. “Estamos muito felizes com a entrega do Canal Rio que possibilitará a ampliação e o crescimento da modalidade aqui no Brasil. Certamente que nos dá condições de ser um polo esportivo muito forte fora da Europa”, comentou João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
 
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