Ana Sátila destaca crescimento da canoagem e faz projeções para 2016

Ana Sátila / Foto: Ministério do Esporte / Divulgação

Rio de Janeiro - Ela ainda tem 19 anos, mas já é o principal nome do Brasil na Canoagem Slalom feminina. Ana Sátila acumula a experiência de ter participado de uma Olimpíada (Londres 2012) e, em abril, ficou com a prata no K1 do Mundial Sub 23, categoria que passou a disputar este ano, após sagrar-se campeã Júnior em 2014. O Campeonato que reuniu os melhores atletas jovens da modalidade foi realizado no Canal de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), local de treinamentos da seleção brasileira permanente.
 
O Mundial foi um aperitivo para Ana Sátila saber como será competir em casa nos Jogos Rio 2016. “É muito diferente, não tem como descrever. Ter toda minha família e amigos aqui assistindo... Essa medalha é o momento mais marcante da minha carreira”, comentou após o segundo lugar no Mundial Sub 23 de Foz do Iguaçu.
 
Ana não esconde a ansiedade por conhecer o local das disputas das Olimpíadas, que está sendo construído no Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro. “Está todo mundo muito curioso para saber como será o circuito. Eu serei uma das primeiras a entrar e quero apreciar de perto essa estrutura espetacular”, afirmou Ana, que recebe a Bolsa Pódio, benefício concedido pelo Ministério do Esporte a atletas situados entre os 20 melhores do ranking mundial e que tenham chances reais de medalhas em 2016.
 
O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom terá o prieiro evento-teste em novembro de 2015. Quando estiver em funcionamento, o país contará com dois circuitos de padrão internacional, o de Deodoro e o de Foz. “Esse Canal de Itaipu é bom para treinar todas as técnicas. Toda a equipe está conseguindo treinar muito bem. A gente tem muita sorte de ter Itaipu como um canal exemplar para o mundo inteiro. Agora a gente vai esperar o Canal do Rio ficar pronto”, comemora Sátila.
 
No Mundial de 2015, a canoísta competiu no K1 (caiaque) e no C1 (canoa) individual e por equipes. Apesar de ser especialista no caiaque, ela conta as vantagens de disputar os torneios na canoa. “A C1 não é a minha categoria principal, mas decidi começar a disputá-la, justamente, para ajudar na categoria K1 que é a olímpica. A participação na C1 ajuda em tudo, desde a começar a conhecer o percurso e depois entrar na K1 já sabendo como é a pista, o nível de altura das balizas, até a treinar o melhor nível de equilíbrio e adaptação”.
 
Para Ana Sátila, a modalidade se desenvolveu muito no país nos últimos anos, graças ao apoio dado pelo Governo Federal e pelos patrocinadores do esporte, que permitem a estrutura e os equipamentos necessários para os treinamentos e competições, além do apoio financeiro aos atletas. “Quando eu entrei, a gente não tinha quase nada, não tinha equipe permanente, não tinha os atletas concentrados em um lugar, treinando só para esse esporte. Agora é totalmente diferente, a gente tem toda a estrutura necessária”.
 
Após os bons resultados na estreia da categoria Sub 23, a atleta promete seguir treinando forte para as próximas etapas da Copa do Mundo, para o Pan-Americano de Toronto e, claro, para os Jogos Rio 2016. Os canoístas que representarão o país durante as Olimpíadas serão definidos pela equipe técnica da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no primeiro semestre do próximo ano.
 
 
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