WADA aprova sanções mais rígidas contra o doping

Tyson Gay, que já foi pego no doping / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - O advogado Thomaz Mattos de Paiva, responsável pela Comissão Nacional Antidopagem (CONAD) da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) participou da Conferência da WADA, realizada em Johanesburgo, na África do Sul, e que teve o objetivo de apreciar, discutir e aprovar o novo Código Mundial Antidopagem a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2015.

Segundo Thomaz Mattos de Paiva, nada menos que 2.269 mudanças foram feitas no código inicial, de 2009. Entre as novidades, está o aumento das sanções para os reais fraudadores e a flexibilização para os casos de doping considerados não intencionais. A sanção-base aumentou para 4 anos quando o doping for considerado intencional. Nos outros casos, a suspensão é de 2 anos, podendo ainda ser aplicadas regras atenuantes dependendo do grau da infração.
 
Foi aprovada também a imposição eventual de sanções financeiras, desde que sejam proporcionais com a pena e não reduzam o tempo de inelegibilidade.
 
"A intenção do novo código é fazer com que a regra antidopagem atinja mais efetivamente o staff do atleta, fazendo com que compreendam e tenham ciência de todas as questões relacionadas às regras de controle", comentou Thomaz. "Também é previsto dar maior suporte às investigações e uso da inteligência no combate ao doping. Incentivar a assistência aos atletas, técnicos e médicos na apuração dos casos", prosseguiu.
 
Na Conferência da WADA, o advogado conversou com os outros representantes brasileiros presentes, em especial o diretor da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), Marco Aurélio Klein.
 
"É necessária uma maior proximidade entre as confederações e as Agências Antidopagens existentes no Brasil, no sentido de se criar uma agenda proativa para um melhor planejamento e estruturação do combate ao doping no País", lembrou Thomaz. "A CONAD está sempre disponível para ajudar, transferindo conhecimento e relacionamento internacional, ressaltando que o isolamento na condução da política antidopagem no Brasil poderá gerar incertezas perante a comunidade olímpica nacional, parceiros e federações internacionais", concluiu.