Usain Bolt se despede como tricampeão Olímpico dos 100m, 200m e 4x100m

 Em sua última participação nos Jogos Rio 2016 e, segundo ele, do mundo Olímpico, o astro liderou a equipe jamaicana que atropelou os adversários / Foto: Phil Walter/Getty Images

Rio de Janeiro - Um campeão como Usain Bolt não poderia se despedir dos Jogos Olímpicos de outra maneira. Em sua última participação nos Jogos Rio 2016 e, segundo ele, do mundo Olímpico, o astro liderou a equipe jamaicana que atropelou os adversários e levou o ouro no revezamento 4x100m.
 
Com a vitória, Bolt alcançou a meta que traçou há quatro anos, após os Jogos Londres 2012: o inédito "triplo triplo", o tricampeonato Olímpico dos 100m rasos, 200m rasos e do revezamento. 
 
"Se despedir dos Jogos é triste, mas estou muito feliz e satisfeito porque consegui alcançar a meta que tracei. Estou aliviado e orgulhoso, pois tudo se tornou realidade. Sou o maior da história", disse o jamaicano, que levará uma bandeira do Brasil para a Jamaica como recordação. 
 
"Só tenho a agradecer aos brasileiros. Vocês realmente me adotaram nesses dias aqui. O carinho e a energia que senti cada vez que cantavam meu nome foram incríveis", comentou. 

O astro se despede dos Jogos como o segundo maior ganhador de ouros, com nove ao todo / Foto: Cameron Spencer/Getty Images

Como não poderia deixar de ser, Bolt foi protagonista no triunfo jamaicano. O astro recebeu o bastão das mãos de Nickel Ashemeade, terceiro a correr, após Asafa Powell e Yohan Blake, com a prova totalmente indefinida e deu uma arrancada fulminante, abrindo vantagem e fechando com o tempo de 37s27. A prata foi para a surpreendente equipe japonesa, que correu para 37s60, e o bronze ficou com o Canadá, com 37s64. Os Estados Unidos fizeram o terceiro melhor tempo, mas foram desclassificados porque Trayvon Bromell invadiu a raia jamaicana nos últimos metros da prova. 
 
Curtindo seus últimos momentos nos Jogos, Bolt extendeu a festa na pista do Estádio Olímpico o quanto pôde. O astro deu uma volta Olímpica em marcha lenta, acenou para os fãs, sambou e brincou com a bandeira brasileira. Uma despedida bem de acordo com o país-sede de sua despedida Olímpica.  

O astro se despede dos Jogos como o segundo maior ganhador de ouros, com nove ao todo. O único atleta da história com mais títulos Olímpicos que o jamaicano é Michael Phelps, dono de 23 ouros na natação.

Como não poderia deixar de ser, Bolt foi protagonista no triunfo jamaicano. O astro recebeu o bastão das mãos de Nickel Ashemeade, terceiro a correr, após Asafa Powell e Yohan Blake, com a prova totalmente indefinida e deu uma arrancada fulminante, abrindo vantagem e fechando com o tempo de 37s27 / Foto: Cameron Spencer/Getty Images
Fenômeno aos 15, fenômeno aos 30 - Com 15 anos e com seu 1,96m, Usain Bolt já era um fenômeno da velocidade. Aos 16, tinha tempos melhores que Michael Johnson aos 20 – o americano que entre os Jogos Barcelona 1992, Atlanta 1996 e Sydney 2000 tinha somado quatro ouros. E também que Maurice Greene, outro norte-americano, campeão Olímpico dos 100m em Sydney 2000. No Rio 2016, às vésperas de completar 30 anos, no domingo (21), Bolt se lembrou de sua primeira participação Olímpica: “Quando fui para Atenas em 2004, eu só queria correr os 200m e ganhar uma medalha de ouro. Agora estou aqui, com oito ouros Olímpicos, o que não é pouca coisa. Trabalhei muito para ser o melhor e provei para o mundo que sou o maior", disse. 
 
Por isso, depois do tricampeonato nos 200m, confirmou sua despedida Olímpica: “Porque não preciso provar mais nada.” Antes do adeus, porém, ainda deu tempo para mais um ouro, o do revezamento 4x100m, que o igualou ao finlandês Paavo Nurmi, uma lenda ao ganhar nove provas Olímpicas entre os anos 1920 e 1928. 
 
Mas se Usain Bolt disse adeus aos Jogos Olímpicos, já adiantou que vai correr os 100m rasos e o revezamento 4x100m no Mundial de Londres, em 2017. “Sei que meu técnico vai tentar me convencer a correr os 200m. Vamos ver...”
 
Outros ouros da noite - No revezamento 4x100m feminino, o ouro foi para os Estados Unidos, com o tempo de 41s01, à frente da Jamaica, que marcou 41s36, e da Grã-Bretanha, que conclui a prova com 41s77. O quarteto americano contou com Tianna Bartoletta, Allyson Felix, English Gardner e Tori Bowie. 
 
Nos 5.000m metros para as mulheres, domínio absoluto das fundistas africanas. O Quênia levou o ouro e a prata, com Vivian Cheruiyot,que bateu o recorde Olímpico da prova, (14min26s17) e Hellen Obiri (14min29s77), respectivamente. O bronze foi para a etíope Almaz Ayana, que marcou 14min33s59. 
 
No salto com vara feminino, a vitória foi da grega Ekaterini Stefanidi, que saltou a 4,85m, mesma altura da americana Sandi Morris, que ficou com a prata. O bronze foi conquistado pela neozelandesa Eliza McCartney, com a marca de 4,80m. 
 
No lançamento do martelo, Dilshod Nazarov, do Tadjiquistão, foi o vencedor com 78,68m. A prata foi para Belarus, com Ivan Tsikhan, que lançou a 77,79. O polonês Wojciech Nowicki completou o pódio com 77,73m.
 
A programação do sábado (20), exclusivamente noturna, terá sete provas: os revezamentos 4x400m masculino e feminino, o salto em altura feminino, o lançamento do dardo masculino, os 1.500m rasos masculino, os 800m feminino e os 5.000m rasos masculino.

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