Thiago André, Núbia Soares e Vitória Rosa, geração sub-23 no Troféu Brasil

B3 Atletismo aposta em jovens que conseguiram suas melhores marcas pessoais na temporada e índices para o Mundial de Londres e sonham competir na Olimpíada de Tóquio, em 2020 / Foto: Osvaldo F./Contrapé/B3 Atletismo

São Paulo - Os jovens integrantes da B3 Atletismo com índice para o Mundial de Londres - Thiago do Rosário André, nos 800 m e nos 1.500 m; Núbia Soares, no salto triplo; e Vitória Rosa, nos 200 m - disputam o Troféu Brasil de Atletismo, de sexta-feira e domingo (9 a 11/6/2017), na Arena Caixa, em São Bernardo do Campo.
 
Nascidos a partir de 1995, formam a geração sub-23 do atletismo brasileiro. Todos alcançaram suas melhores marcas pessoais na temporada, um sinal de evolução, sonham com medalhas no Troféu Brasil e com a confirmação no grupo que vai ao Mundial, em agosto. Além, claro, de mirar os Jogos Olímpicos de Tóquio/2020.
 
Thiago do Rosário André, de 21 anos, fez o índice para o Mundial de Londres nos 800 m (1min45s65, recorde pessoal) na Etapa Regional do Campeonato Paulista, em março, na sua primeira corrida do ano. Após um treinamento de um mês na altitude de Paipa (COL) ganhou os 1.609 m na Internacional Mile do Prefontaine Classic, etapa da Diamond League de Eugene (EUA), em maio (3min51s99, perto do recorde sul-americano, de 3min51s05, de Hudson de Souza desde 2005). O índice para o Mundial nos 1.500 m (3min35s28) veio na sua última prova, o Nijmegen Global Athetics, na Holanda, no dia 2 de junho, também com a melhor marca pessoal para a distância. O meio-fundista treina com o técnico Ricardo D'Angelo.
 
Núbia Soares, também de 21 anos, nasceu em Lagoa da Prata (MG) e jogou handebol dos 11 aos 15 anos. Mudou para o atletismo há seis anos, está na B3 Atletismo desde 2014 e treina com o técnico Aristides Junqueira. Núbia obteve o índice para o Mundial no salto triplo, com 14,35 m, também melhor marca pessoal, no Circuito Prata 1ª Etapa, em São Bernardo do Campo (23/4/2017).
 
"Convivemos desde a categoria Menor e é bom ver o crescimento do conjunto. Estamos em uma equipe que nos ampara. Cheguei como juvenil e o clube foi extremamente importante para o meu desenvolvimento rápido, até precoce. Na temporada, com uma pequena melhora na técnica, já obtive resultados e sei que ainda posso evoluir até o Mundial", diz Núbia. A atleta se define como uma aprendiz do salto triplo e afirma que ainda tem muito para progredir - seu maior objetivo é alcançar os 15 metros. Mas quer também voltar a estar na Olimpíada, em 2020. Núbia disputou a Rio/2016 e vai "chegar mais experiente, estar mais potente em Tóquio".
 
A velocista Vitória Rosa, outra atleta de 21 anos, conseguiu índice para o Mundial de Londres no Grande Prêmio Brasil, também na Arena Caixa, nos 200 m (23s09, melhor marca pessoal), em 3 de junho. E também alcançou o melhor tempo da carreira nos 100 m (11s38), em maio, no Circuito Ouro 5ª Etapa. Vitória veio do Rio para a B3 Atletismo nesta temporada e treina com Katsuhico Nakaya. "Por causa da mudança de cidade, de treinador, eu achava que 2017 seria uma temporada de adaptação, mas os resultados estão saindo", afirma. 
 
Completam o grupo os jovens Izabela Rodrigues da Silva (22 anos), do lançamento do disco e arremesso do peso; Alexsandro do Nascimento Melo, o Bolt (22 anos), dos saltos triplo e em distância; Fernando Carvalho Ferreira (22 anos), do salto em altura; Bruno Spinelli e Juliana de Menis Campos (ambos com 20 anos) e Vinícius Micael Correa da Silva (22 anos), todos do salto com vara; além de Evelyn de Paula (21 anos), dos 100 m e 200 m. O velocista Vítor Hugo dos Santos, de 21 anos, também integra essa jovem geração. Mas sofreu uma lesão na coxa no Mundial de Revezamentos, em abril, e, em processo de recuperação, não disputa o Troféu Brasil.
 
Jovens miram Tóquio/2020 - Fernando Ferreira, nascido em dezembro de 1994, também fez a sua melhor marca da carreira no GP Brasil: 2,28 m, ficando a apenas 2 centímetros do índice para o Mundial de Londres. Fernando, que conquistou o seu primeiro título de Troféu Brasil em 2014, aos 19 anos, quando ainda treinava em Ribeirão Preto, trabalha com o técnico José Antônio Rabaça desde 2015 e evoluiu muito na prova. "Esse índice ainda vai sair", afirma.
 
Mesmo os mais jovens, como os atletas do salto com vara, pensam com ousadia. Bruno Spinelli espera se desenvolver na prova, com o trabalho do técnico Elson Miranda e as dicas de Fabiana Murer, campeã mundial. A melhor marca de Bruno é 5,42 m, feita no Circuito Ouro 5ª Etapa (10/5/2017). "A nossa idade é muito boa para evoluirmos. E temos estrutura - varas e colchões indoor e outdoor, academia, tudo o que é preciso para crescer. Estou em um grupo forte, tanto na minha prova quanto nas outras. Tenho o objetivo de tentar ir para o Mundial do ano quem vem (indoor, em Birmingham) e chegar bem em 2020. Quero saltar 5,60 m, 5,70 m, 5,80 m...", diz Bruno. "Chegar em uma Olimpíada é o sonho de qualquer atleta."
 
Juliana Campos, colega de Bruno no grupo do salto com vara, veio da ginástica artística como Fabiana Murer e também do IEMA - Instituto Elisângela Maria Adriano -, categoria de base apoiada pela B3 Atletismo em São Caetano do Sul. A melhor marca de Juliana é 4,05 m (11/3/2017). "É muito importante estar em uma equipe de ponta. Temos os equipamentos que a gente precisa e um técnico muito experiente que nem todos tem condições de ter na nossa idade. O nosso objetivo principal é a Olimpíada. Espero estar nela em 2020, bem e competitiva." Acrescenta que o importante de estar num grupo sub-23 é o estímulo. "Quando um consegue motiva o outro."
 
Mais informações: www.B3.com.br/atletismo

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